Até onde vai?

Carlos Eduardo Vogt
Enfermeiro

Parece notícia repetida, crônica reescrita ou até mesmo um copia e cola da vida real.
É ligar a TV, abrir o jornal, ligar o rádio ou entrar na rede social para vermos violência contra seres humanos ou animais, vinda de outros seres, que intitulam-se humanos, mas não podem sequer ser comparados a animais, pois animais matam para comer ou, em último caso, para se defender ou defender seus pares.
Aumenta cada dia a ignorância dos seres que têm como grande diferencial o intelecto, a grande capacidade de pensar antes de agir. Os seres humanos são diferenciados por falar e “pensar”. Portanto, deveriam ser exemplares em suas atitudes e suas ações. Temos a capacidade de errar e aprender com os erros. Isto, na realidade, é um dom que nos faria, teoricamente, seres quase perfeitos já que, ao errar uma vez, poderíamos assumir e corrigir nossas ações.
O que assisto hoje é justamente o inverso!
Os humanos erram e fazem com que seus erros se tornem regra e o que deveria ser acerto, exceção. Exemplificando, posso citar políticos, que usam da máquina pública para favorecer seus interesses ou interesses de pessoas próximas. Mas também o cidadão “comum” que se julga honesto, mas, ao encontrar uma carteira perdida, retira de dentro o dinheiro e devolve apenas os documentos. O camarada que mata por motivos fúteis, como dívidas, discussões e acha que está certo.
São muitos os exemplos que poderia citar, mas vamos adiante…
Temos, no Brasil, a infelicidade de inverter tanto os valores, que policial é bandido e bandido é vítima. Matar policiais, em certos meios, é tido como normal. Quando o policial, cumprindo seu dever, mata para não morrer ou mata para defender o cidadão que paga seus impostos, acaba ele virando algoz de uma “vítima” que, muitas vezes, surge como um trabalhador que possuía em suas mãos um guarda-chuvas e não um fuzil, muito melhor que o do próprio agente da lei.
Até onde vamos?
Continuando assim, tudo o que aprendi na escola que era certo, que minha mãe ensinou como correto e julgava como preceito para viver em uma sociedade justa e correta, vai escoar e viveremos um período ainda mais sombrio.

Últimas Notícias

Destaques