“Já existem estudos voltados para a análise de afluentes urbanos e os dados apontam para uma concentração de hormônios derivados de resíduos fármacos capazes de afetar gravemente os rios e lagos de diversas regiões. Segundo os dados levantados em 2010 pela companhia Brasil Health Service (BHS), as estatísticas mostram que 1kg de medicamento descartado via esgoto pode contaminar até 450 mil litros de água.”
“Segundo dados estatísticos levantados pelo IBGE, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Conselho Federal de Farmácia. De acordo com o estudo, a projeção estimada é de que, de 2014 a 2018, as cidades brasileiras seriam capazes de gerar até 5,8 mil toneladas de resíduos de fármacos. Esse crescimento é proporcional à taxa de consumo total de medicamentos, que também vem crescendo desde os últimos anos.”
Em 2018 quando trabalhava no ambulatório de enfermagem da empresa John Deere, a médica do Trabalho, Doutora Indira Reyes trouxe até nós um estudo produzido na França em que mostrava o quanto de fármacos havia nas águas.
Lembro que fiquei impactada com o estudo, e logo me coloquei à disposição da Doutora para auxiliarmos na conscientização do descarte correto. Deixamos uma caixa de coleta para descarte de medicações vencidas ou que no momento não estavam sendo utilizadas pelos funcionários.
Mais tarde, durante a campanha eleitoral em uma conversa com a então candidata à vereadora da cidade de Caxias do Sul, a amiga Fabiana TanuriDuso, ela me perguntou se eu conhecia o projeto Farmácia Solidaria, respondi que não.Nessa mesma conversa fiquei sabendo que o projeto é da nossa Deputada Republicana Francis Somensi.
Passadas as eleições municipais participei de um ato do executivo na UBS do Centro, onde o prefeito Gustavo Zanatta citou o interesse em trazer para Montenegro o projeto da farmácia solidária. Naquele momento busquei me inteirar mais do projeto. Para minha alegria fiquei sabendo que o agora Vice Prefeito Cristiano Von Bratzna legislatura passada já havia também mostrado interesse no projeto.
Busquei o projeto na íntegra e apresentei como indicação para o executivo, além disso, na ocasião propus uma reunião com a Deputada Fran que de pronto aceitou. Tanto o prefeito quanto nossa secretaria de saúde Cristina Reinheimer se colocaram a disposição para concretizar este projeto em Montenegro.
“Aprovado pela Assembleia Legislativa do RS como Projeto de Lei em 2019, a Farmácia Solidária existe há seis anos na cidade de Farroupilha. De acordo com a deputada, o projeto também classificado como de economia circular foi responsável por atender 23 mil receituários médicos e gerar uma economia de três milhões para os cofres públicos desde a sua criação.”
“Além do reaproveitamento de medicamentos para a doação, outro aspecto importante da iniciativa são atividades de educação ambiental, visto incentivo ao descarte correto de medicamentos vencidos. “Cerca de 95% dos medicamentos costumam ser descartados no lixo comum. Nos cinco anos do projeto em Farroupilha, evitamos que três toneladas de medicamentos vencidos fossem parar no meio ambiente”, explica a parlamentar.”
Para concluir digo queestá luta é de todos nós, cada um é responsável na construção deste ambiente social e ambientalque propicie uma cidade melhor todos.
