Eita Arraiá Bão, Sô!

O começo da festa junina ao Brasil remonta ao século XVI. As festas juninas eram tradições bastante populares na Península Ibérica (Portugal e Espanha) e, por isso, foram trazidas para cá pelos portugueses, durante a colonização, assim como muitas outras tradições. Quando introduzida no Brasil, a festa era conhecida como festa joanina, em referência a São João, mas, ao longo dos anos, teve o nome alterado para festa junina, em referência ao mês no qual ocorre, junho. Inicialmente, a festa possuía um forte tom religioso – conotação essa que se perdeu em parte, uma vez que é vista por muitos mais como uma festividade popular do que religiosa. Além disso, a evolução da festa junina no Brasil fez com que ela se associasse a símbolos típicos das zonas rurais. O crescimento da festividade aconteceu sobretudo no Nordeste, região que atualmente possui as maiores festas. A maior festa junina do país acontece na cidade de Campina Grande, localizada no estado da Paraíba. Em 2017, a estimativa do evento era receber aproximadamente 2,5 milhões de pessoas (Fonte: df.senac.br).

A um mês do dia que se comemora o São João, as cidades baianas se preparam para receber turistas e movimentar a economia. Os festejos foram suspensos por dois anos consecutivos por causa da pandemia da Covid-19. Cerca de 1,5 milhão de pessoas são esperadas nas festas por todo o estado. A expectativa é grande também para os comerciantes que vendem produtos juninos. A Secretaria de Turismo da Bahia e Bahiatursa calculam movimento de mais de R$ 1 bilhão. A cidade de Cruz das Almas, por exemplo, calcula movimentar R$ 5 milhões durante os cinco dias de festa. São aguardadas 80 mil pessoas por noite, mais do que a população da cidade (Fonte: g1.globo.com).

Como podemos verificar acima, as festas juninas tornaram-se mais festivas do que religiosas, e isto em nada tirou seu objetivo original, que é celebrar a vida. Nesta semana, mais precisamente no dia 23, 24, 25 e 26, Montenegro entrará no rol das cidades brasileiras que movimentam suas economias locais através das festas juninas. Por possuir fatores naturais e históricos, Montenegro se capacita para tornar-se uma das rotas turística mais procuradas no mês de junho.

Segundo Departamento de Economia e Estatística do Governo Estadual divulgado em 2019, Montenegro aparecia na 19º posição no ranking das maiores economias do Estado. De 2019 a 2022, o superavit aumentou mais ainda. Agora é um momento importantíssimo para o governo municipal aproveitar este incremento de receita e aplicar em melhorias na infraestrutura de nossa cidade.

Se queremos atrair turistas precisamos apresentar uma cidade dinâmica, viva, respeitosa e principalmente acolhedora. É preciso encantar nossos visitantes fazer com que eles tenham uma boa impressão assim que entram na cidade, precisamos deixá-los com vontade de nos visitar novamente.
Uma cidade que consegue distribuir de forma harmônica sua base agrícola, industrial, serviço e turismo proporciona para seus munícipes um grau de desenvolvimento e qualidade de vida melhores do que aqueles municípios que só possuem uma fonte de receita.

Para concluir, espero que nossos gestores públicos, comerciantes e sociedade em geral, aproveitem esta janela de oportunidades, inserindo-se e ajudando para que cada ano seja melhor e maior nossos eventos.

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