Roboão foi a Siquém, onde todos os israelitas tinham se reunido para proclamá-lo rei. Assim que Jeroboão, filho de Nebate, que estava no Egito para onde tinha fugido do rei Salomão, soube disso, voltou de lá. Depois disso mandaram chamá-lo. Então ele e toda a assembléia de Israel foram ao encontro de Roboão e disseram: “Teu pai colocou sobre nós um jugo pesado, mas agora diminui o trabalho árduo e este jugo pesado, e nós te serviremos”.Roboão respondeu: “Voltem a mim daqui a três dias”. Então o povo foi embora.O rei Roboão perguntou às autoridades que haviam servido ao seu pai Salomão durante a vida dele: “Como vocês me aconselham a responder a este povo?”. Eles responderam: “Se hoje fores um servo deste povo e servi-lo, dando-lhe uma resposta favorável, eles sempre serão teus servos”. Roboão, contudo, rejeitou o conselho que as autoridades de Israel lhe tinham dado e consultou os jovens que haviam crescido com ele e o estavam servindo. Perguntou-lhes: “Que conselho vocês me dão? Como devemos responder a este povo que me diz: ‘Diminui o jugo que teu pai colocou sobre nós’?”Os jovens que haviam crescido com ele responderam: “A este povo que te disse: ‘Teu pai colocou sobre nós um jugo pesado; torna-o mais leve’, dize: Meu dedo mínimo é mais grosso do que a cintura do meu pai. Pois bem, meu pai lhes impôs um jugo pesado; eu o tornarei ainda mais pesado. Meu pai os castigou com simples chicotes; eu os castigarei com chicotes pontiagudos” (Fonte: Bíblia Sagrada 1 Reis 12).
Quando entramos para vida pública, a primeira coisa que perdemos é nossa privacidade. Os atos públicos são na sua grande maioria de conhecimento de toda a sociedade, ficando restrito aos gabinetes e repartições a chamada “articulação política”. Para que um presidente, governador e prefeito tenham sucesso na implantação de seu plano de governo, eles precisam além da sua base de sustentação, o apoio dos demais entes que compõem os poderes.
O problema histórico dos governantes ao longo do tempo foi primeiramente não ouvir os anseios daqueles que o colocaram no poder, segundo cercar-se de péssimos conselheiros e por último agir impulsivamente. Todo governo que quiser deixar um legado terá que entregar a sociedade a qual serve resultados econômicos e sociais satisfatórios, caso contrário será esquecido como tantos outros, ou apenas, lembrado em livros e jornais como um exemplo que não se deve seguir.
Quando os empresários, setor público e a comunidade que compõe uma cidade olham para o chefe do executivo eles procuram alguém que possa resolver seus problemas econômicos e sociais. Ninguém está interessado se a pessoa responsável por administrar uma cidade é de partido A ou B, as pessoas querem efetividade. O que mais deixa um eleitor irritado são as brigas políticas, egos exacerbados e quando suas necessidades básicas não são atendidas.
Quando o gestor público serve o povo ele primeiramente dialoga com ele, depois, procura cercar-se de bons conselheiros e por último pensa várias vezes antes de sair atacando aqueles que querem ajudar.
Para concluir espero que nossos gestores ouçam mais a voz que vem das ruas, o clamor dos empresários, dos que tocam a máquina pública, deixem a politicagem de lado e tenham compromisso em tornar nossas cidades melhores.