Sempre fui o tipo de pessoa com o pezinho nas simpatias. Às vezes me digo um pouco cética, mas a verdade é que o galhinho de arruda está embaixo do travesseiro, as ervas estão no armário, o sal grosso é para o banho (mas às vezes serve para um churrasco) e a lentilha já está comprada para a noite da virada. Sim, eu sei que são apenas rituais e que as coisas – boas ou ruins – acontecem na nossa vida de acordo com nossas ações diárias. Mas esses rituais também materializam o desejo por um novo ciclo melhor do que o anterior e renovam nossa fé no novo ano que se inicia.
E como precisamos de fé em 2021! O ano que está encerrando foi pesado, foi difícil e não conheço uma pessoa que não esteja exausta nesses últimos dias. Mas vamos falar em esperança e no que planejamos para o novo ciclo. Eu sempre faço questão de renovar minha esperança! Também costumo escrever resoluções de ano-novo. Não que eu seja exatamente uma pessoa organizada e que segue o planejamento à risca. Longe disso. Admiro muito quem o faz, inclusive. Mas sou mais do (parafraseando Zeca Pagodinho) “deixa a vida me levar”. Porém, eu gosto de listar algumas resoluções. Assim tenho metas para me balizar ao longo do ano. Elas envolvem a questão financeira da minha vida, minha carreira, metas pessoais, entre outras.
Esse ano até comprei um planner (nome chique para uma agenda mais prática e com figurinhas ao invés de apenas linhas). Vamos ver se consigo me organizar melhor assim. Mas creio que, após um 2020 tão conturbado, cheio de expectativas frustradas, planos paralisados, recessão econômica e tantos óbitos; os nossos desejos para 2021 sejam menos materiais e mais humanos, voltados a todos que nos cercam. Por isso, deixo aqui algumas resoluções (que são mais desejos a todos que lêem este espaço).
Que neste ano:
– amemos mais;
– cuidemos da nossa saúde (física e mental);
– façamos mais amigos;
– pratiquemos a empatia;
– convivamos mais com as pessoas que amamos e partilhemos ótimos momentos juntos;
– aprendamos coisas novas;
– conheçamos lugares incríveis;
– descubramos o quão incrível é o lugar onde vivemos;
– nos reinventemos a cada dia;
– confiemos em nós mesmos;
– sejamos mais gentis (com os conhecidos e também com que não conhecemos);
– não nos deixemos abalar por pequenas coisas;
– prestemos atenção nas coisas simples;
– perdoemos mais e paremos de ser tão críticos conosco e com os outros;
– percamos o medo de errar;
– façamos as pazes com amigos e pessoas queridas;
– façamos as pazes com nosso próprio corpo, sem tantas cobranças;
– vivamos um dia por vez, sem criar grandes expectativas e sem ficarmos ansiosos sobre o futuro;
– e, claro, SEJAMOS MAIS FELIZES!