Novembro azul discute a saúde do homem

A exemplo do que ocorreu no Outubro Rosa, a campanha do Novembro Azul traz uma série de atividades no município, promovidas pelas instituições de saúde locais. Apesar de apresentarem uma diversidade menor das que ocorreram no mês anterior, os momentos de conversas e orientações são pensados para conscientizar sobre a saúde do homem e, mais especificamente, sobre o câncer de próstata. A programação vai até o final de novembro.

No Hospital Montenegro ocorrerá uma palestra, na quinta-feira, 23, a ser conduzida pelo urologista Elton Cardoso Sanchoten. O evento é aberto para, além dos funcionários do hospital, profissionais da rede de saúde do município. A fala buscará frisar da importância da conscientização em relação ao exame preventivo. A equipe do HM deve participar, também, da Caminhada pela Saúde do Homem, que ocorre nessa sexta-feira,17, a partir das 9h.
Com organização da Secretaria Municipal da Saúde, a atividade terá início na sede do Sesc, na rua Capitão Porfírio, indo até a Praça Rui Barbosa. Os agentes de saúde da cidade já têm passado nos estabelecimentos e residências do município, fazendo convites para a participação, que é livre. Os membros da Secretaria levarão balões e faixas com escritos sobre o tema. Em caso de chuva, o evento será transferido para o dia 24.

Ainda dentro da programação da Prefeitura, a enfermeira e coordenadora do Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva, Angelita Moraes, deu uma palestra para os funcionários da empresa JBS Couros na última terça-feira,14. O encontro abordou questões gerais sobre a saúde masculina e a importância de check-ups periódicos, também falando sobre o câncer de próstata e desmistificando preconceitos quanto ao exame de toque retal.
No dia 28, outro evento alusivo ao Novembro Azul ocorre, desta vez na Unidade Básica de Saúde do Bairro Santo Antônio. Com início marcado para 17h, o evento, aberto ao público, vai trazer palestra sobre a campanha, com um momento de alongamento feito por profissionais do Sesc e corte de cabelo gratuito oferecido por empresas de beleza do município. No mesmo encontro, que não deve ter mais de 2h, os médicos Luiz Artigas e Mário do Canto Filho falarão aos presentes sobre hipertensão e diabetes.

Já a Unimed tem realizado palestras internas em empresas que têm convênio com seu plano de saúde. A iniciativa parte do interesse das próprias organizações, que fazem o convite aos profissionais da instituição. Oficialmente, seis destas devem ocorrer durante o mês.
Nos encontros, enfermeiras e médicos abordam o tema “Prevenção ao câncer de próstata”. Já no Hospital e no setor administrativo do Centro, panfletos de alerta sobre a doença foram distribuídos junto aos contra-cheques dos funcionários para também divulgar informações.

Mitos e verdades sobre o câncer de próstata
O câncer de próstata é uma doença do idoso – MITO.
Apesar de o risco para a doença aumentar significativamente após os 50 anos, cerca de 40% dos casos são diagnosticados em homens abaixo desta idade. Entretanto, a doença é rara antes dos 40 anos.

PSA (do exame de sangue) aumentado é sinal de que tenho câncer de próstata – MITO.
O antígeno prostático pode apresentar alterações em várias situações que não o câncer, como a hiperplasia benigna da próstata, prostatite (uma inflamação) e trauma. Por isso é importante a avaliação médica e o toque retal.
PSA baixo é sinal de que não tenho câncer de próstata – MITO.
Estima-se que o câncer de próstata está presente em 15% dos homens com níveis normais de PSA, daí a importância do toque retal.

Ter pai, irmão ou tio com a doença aumenta meu risco – VERDADE.
A hereditariedade é um dos principais fatores de risco para a doença. Um parente de primeiro grau com a doença duplica sua chance. Dois familiares com a doença aumentam essa chance em cinco vezes. Para quem tem casos na família, o recomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia é procurar um urologista a partir dos 45 anos.
Todos os casos de câncer de próstata precisam de tratamento – MITO.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.

O câncer de próstata sempre apresenta sintomas. Então posso esperar os sintomas para procurar o médico – MITO.
Em estágio inicial, quando as chances de curam beiram 90%, a doença não apresenta qualquer sintoma. Geralmente, os principais sintomas relacionados à próstata são devido a hiperplasia prostática, crescimento benigno da glândula, como jato urinário mais fraco, sensação de urgência miccional ou de esvaziamento incompleto da bexiga, entre outros.

Pessoas da raça negra têm maior risco de desenvolver a doença – VERDADE.
Estudos apontam que afrodescendentes têm risco 60% maior de desenvolver a doença e a taxa de mortalidade é três vezes mais alta.

O sedentarismo aumenta o risco para desenvolvimento do câncer – VERDADE.
Ele está relacionado a alterações metabólicas que podem levar a alterações moleculares responsáveis pela gênese da neoplasia.

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