“Os olhos são as janelas do corpo”, quem nunca ouviu essa frase? Ela diz muito sobre a iridologia, uma técnica que integra a medicina alternativa, possibilitando um diagnóstico através da observação da íris, uma das estruturas mais complexas do corpo humano. Dada a máxima, a frase não só se aplica (nomeadamente no diagnóstico de perturbações emocionais), como vai mais além, mostrando reflexos de perturbações físicas de determinado órgão ou sistema.
Para os profissionais que atuam da área, os chamados “iridologistas”, através da análise da íris é possível fazer uma espécie de “check-up” do estado de saúde de cada pessoa, descobrindo eventuais desequilíbrios. Dessa forma, o corpo transmite à íris (por meio de sinais, marcas, alterações de cor e de padrões) um quadro clínico físico e/ou emocional do paciente. O iridólogo Ezequiel Schacht explica que a técnica permite “olhar para dentro do corpo” a fim de verificar o funcionamento do organismo, descobrindo assim, quais as zonas mais fortes e quais aquelas que estão sobrecarregadas com toxinas.
“A iridologia não é considerada uma ciência, e sim um estudo de muitos anos”, destaca o especialista. “Agora, com a tomografia computadorizada, por exemplo, conseguimos fazer um mapa iridológico mais completo que proporciona um resultado mais satisfatório. Dessa forma, conseguimos identificar a causa de uma doença e tratá-la. Também é importante destacar que a iridologia se desenvolve a partir de um trabalho de prevenção, onde atuamos no tratamento da causa e não dos sintomas de cada pessoa”, completa.
Nesse sentido, a prática não determina se uma pessoa sofre de uma doença intestinal, por exemplo, mas alerta para a existência de alguma instabilidade ou inflação nesse órgão. Com isso, a iridologia se apresenta como um método de diagnóstico precoce e de prevenção, revelando a origem do mal-estar físico, psíquico ou emocional. Para o tratamento de deficiências nutricionais e tóxicas identificadas, Schacht destaca o auxílio de plantas, argila, alimentos e suplementos alimentares.
Origem da iridologia
Desde os primórdios da humanidade, os olhos são objetos de fascínio para o homem. Prova disso são achados arqueológicos de povos que deixaram registros em pedras sobre a íris e a sua relação com o corpo. Na Grécia Antiga, Hipócrates também se interessou pelo estudo da íris, porém, coube húnguro Ignatz von Péczely (Budapest,1826-1911), o mérito de codificar a Iridologia, tendo desenvolvido mapas sobre as representações topográficas desse órgão.
Quando menino, Péczely fraturou acidentalmente uma das patas de uma coruja e verificou o aparecimento de uma marca na íris da referida ave. Tratando a fratura da coruja, ele notou que o sinal mudava de características à medida que a fratura se consolidava, marcando indelevelmente a íris. Anos depois, marcado pelo evento, o menino se formou em medicina e, ao ouvir as queixas de seus pacientes, começou a examinar a íris de cada. No decorrer dos anos, muitos trabalham em cima do mapa iridológico construído por Ignatz.
Consulta envolve observações e perguntas
Na consulta de iridologia, além das habituais perguntas – relativas ao estado de saúde e queixas relevantes, profissão, ritmo de trabalho, dieta, funcionamento intestinal, qualidade do sono, entre outras – o iridologista utiliza equipamentos como lanternas, lentes de aumento ou lâmpadas de fenda para realizar um exame detalhado da íris. Através da observação de desenhos, raios, buracos, pontos ou mudanças de cores, o profissional compara essas zonas da íris com gráficos que mostram a zona correspondente no corpo humano. De modo geral, as tabelas ou mapas da íris dividem em cerca de 90 zonas diferentes.
Saiba mais
Ezequiel Schacht é formado em Teologia, com Pós-graduação em Treinamento Eficaz de Lideranças, Mestrado em Aconselhamento Pastoral, quiropraxista pelo Método Matheus de Souza, Massoterapeuta, Mestre Reiki, Barras de Accsses, Trainer em PNL e Hipnoterapeuta Ericksoniano.