Mulher nenhuma gosta quando “aqueles dias” chegam. Seja pelas cólicas, sintomas emocionais da TPM ou apenas pelo incômodo de utilizar um absorvente, o período menstrual é sempre desagradável. Recentemente, elas ganharam uma nova opção para esses dias. É o coletor menstrual, que vem ganhando adeptas mundo afora, inclusive em Montenegro.
Os coletores são feitos de silicone e tem uma durabilidade de até 10 anos. Isso significa que o custo – de R$80,00 a R$150,00 conforme marca e tamanho – compensa no decorrer do tempo, considerando que os pacotes de absorventes internos e externos custam de R$7,00 a R$12,00. Além da questão econômica, há ganho no tempo de uso. Um absorvente interno não deve ser utilizado por mais de 4 horas, já com o coletor esse limite é 12. Mas, é necessário considerar, é claro, o fluxo menstrual individual. Outra vantagem é a ambiental. Imagine quanto de lixo se evita gerar em 10 anos sem uso de absorventes?
Mas, assim como o absorvente interno, é preciso atenção na colocação do coletor para não ocorrer vazamentos e, principalmente, irritação da pele. Já o uso por tempo prolongado pode gerar infecções pelo contato com bactérias e fungos, além do mau cheiro.
Vale lembrar que o uso do coletor exige cuidados especiais com a higiene. Na primeira utilização, ao iniciar e finalizar cada ciclo menstrual, ele deve ser esterilizado. Uma das formas de fazer isso e ferver (numa recipiente de ágata esmaltada, vidro ou inox utilizado apenas para isso) por 4 ou 5 minutos. Há, ainda, outras formas indicadas por cada fabricante.
Mas funciona mesmo?
A grande dúvida para quem ainda não experimento o coletor é quanto ao conforto. Afinal, ele, aparentemente, é maior que o absorvente interno e nada pior do que se sentir – ainda mais – desconfortável naqueles dias.
A montenegrina Carla Campos, de 34 anos, é adepta do coletor. Para ela, o grande diferencial é o de preservar o meio ambiente. “É muito bom! É prático, higiênico, inodoro e, o principal, não agride o meio ambiente”, diz Carla. Segundo ela, a adaptação é bastante tranqüila. “Uso há alguns meses. A adaptação é rápida. Acho que toda mulher deveria pelo menos experimentar. É libertador se sentir limpa e segura nesses dias em que a nossa natureza feminina precisa descarregar o que não nos é mais útil”, conclui ela.
Quem também utiliza é Augusta Freitas, de 19 anos. Para ela, o método é muito prático e confortável. Usuária há quatro anos, ela foi incentivada pela mãe e considerou os aspectos econômicos, ambientais e, também, de conforto. “Eu tinha muita alergia com os absorventes tradicionais e o período menstrual era péssimo. Só no primeiro mês com o coletor que acontece vazamento por estar se adaptando e tudo mais, mas é pouca coisa”, relata ela.