Praia. Piscina. Sol e calor intensos. A estação queridinha de todos costuma ser fonte de muita diversão. Mas o Verão oferece alguns riscos à saúde. Dos mais conhecidos – câncer de pele e intoxicação alimentar – você leu recentemente no Ibiá. Mas há outros, menos abordados e tão arriscados quanto. Um deles é a desidratação.
Com as altas temperaturas do verão, a tendência é que o organismo elimine mais líquido. Não só água, mas também, sais minerais do corpo, são desprezados através do suor, urina ou até mesmo pela respiração. Segundo a nutricionista Cyntia Maureen, isso pode gerar sintomas como fraqueza, tontura, dor de cabeça e fadiga.
Para se prevenir, a saída é criar o hábito de ingerir líquidos mesmo quando não se está com sede. “Sentir sede já é um indício de que o corpo está desidratado. Então, manter uma garrafa de água por perto é uma boa estratégica”, orienta a profissional que é consultora da Superbom, uma empresa em alimentação saudável. A nutricionista ainda conta que o mais indicado é que cada pessoa beba 35 mililitros diários de água por cada quilo de seu peso corporal. “Por exemplo, um homem com 70 quilos deveria ingerir, em média, cerca de dois litros e meio de água por dia”.
Além da quantidade de água necessária por dia, outros líquidos podem contribuir para garantir a hidratação. “Entre eles, destaco a água de coco e os sucos naturais ou integrais, que não possuem adição de açúcar na composição. As bebidas isotônicas são recomendadas apenas após a prática de atividades físicas”. Usar roupas leves no calor e evitar a exposição ao sol por períodos prolongados são outras orientações para manter o corpo hidratado e evitar complicações.
Cuidado com as águas-vivas
O litoral gaúcho tem sido palco para muitas reclamações sobre machucados por água-viva. O médico dermatologista do Hospital Conceição Paulo Andrade explica que o mais indicado é colocar, num primeiro momento, compressas de água marinha gelada. “Também compressas com vinagre se mostram efetivas no tratamento, e acho que o ideal seria alternar os dois procedimentos”, esclarece.
Colocar urina sobre o ferimento é um mito desaconselhado pelos médicos.Também é contraindicado lavar a pele machucada com água doce, por isso intensificar o sistema de defesa do animal, piorando o quadro. Expor o local atingido ao sol também não é adequado.
Biquíni molhado é péssimo para saúde íntima
Se você é daquelas que sai de casa pela manhã para curtir a praia ou o clube e volta só no final da tarde, ficando com biquíni úmido durante muitas horas, saiba que a sua saúde íntima será prejudicada. O alerta foi feito pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo. Entre os principais problemas associados ao mau hábito estão as frieiras e a candidíase.
“A umidade irrita a pele de qualquer parte do corpo. Mas não só a umidade pode trazer problemas, o suor também. Portanto, quem frequenta academia, faz exercício ao ar livre ou mergulha na piscina ou no mar pode ficar com a pele irritada se não trocar a roupa molhada”, explica a ginecologista e obstetra Patrícia de Rossi.
Ela informa que a pele tem uma camada de proteção que, quando entra em contato com a água ou com o suor, fica úmida e tende a perder sua capacidade de defesa. “Essa pele úmida é um ambiente que favorece irritações e infecções porque perdeu a defesa. Além disso, a umidade em contato com o corpo na região íntima (vulva) favorece a infecção por fungos. Isso acontece porque os fungos se proliferam nas regiões quentes e úmidas”, destaca a ginecologista.
Essa infecção é a candidíase, que provoca irritações, vermelhidão, ardor, coceira, sensibilidade na área genital, fissuras e corrimento. “O melhor é evitar que isso aconteça. Para tanto, é importante trocar as roupas sempre. Nada de biquíni ou roupas de ginástica molhadas”, orienta a especialista. Também é aconselhável lavar as roupas íntimas com sabão neutro se existe uma tendência a alergias.
#Ficadica
Frutas como abacaxi, melancia, melão, laranja, bergamota, pêra, uva e morango são ricas em água e aliadas da hidratação.