As mulheres vão mais ao médico que os homens. Isso porque, em geral, eles só frequentam os consultórios quando já estão doentes enquanto as mulheres têm por hábito fazer visitas frequentes. Mas qual a frequência adequada? Essa é uma dúvida comum, mas cuja resposta depende de inúmeros fatores.
A frequência indicada depende de questões como o histórico de saúde, a idade, estilo de vida e até mesmo questões familiares. Aqueles que já têm problemas de saúde ou já estão em idade mais avançada precisam de um acompanhamento mais constante com o médico. Caso contrário, pode-se ter uma frequência menor, respeitando, claro, o aparecimento de sintomas desagradáveis ou mudanças no corpo. Porém, mesmo sem nenhum sintoma preocupante, consultas e exames de rotina são indicados. Tudo no intuito de prevenir e, assim, não ter de curar doenças que podiam ser evitadas ou tratadas de forma mais simples enquanto na fase inicial.

O médico Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, um aplicativo na área de saúde, destaca que a grande maioria da população não tem o costume de cuidar da saúde. “As pessoas têm o hábito de se automedicar ou procurar uma solução rápida para o problema com familiares, vizinhos e até no Google. O que acontece, é que isso pode acarretar um problema sério posteriormente”, explica.
Ainda segundo o especialista, consultas de rotina são muito importantes, mas poucos são os que mantêm este hábito. Tal acompanhamento é necessário para avaliar como está o funcionamento do corpo do paciente e, em caso de enfermidades, tratá-las.
As idas ao médico devem se tornar um hábito, para evitar problemas no futuro. “Não deixem que apenas a doença leve ao médico, um acompanhamento adequado previne inúmeros problemas, a sua saúde agradece”, finaliza.
Confira algumas dicas conforme os diferentes perfis
Bebês: Após a saída do hospital, caso esteja tudo bem com o recém-nascido, a primeira visita deve acontecer até o 15º dia de vida. Passado esse período, as consultas devem ser feitas aos dois, quatro, seis, nove e 12 meses no primeiro ano de vida. No 2º ano, o pediatra deve ser consultado para o acompanhamento do bebê aos 15, 18, 21 e 24 meses.
Crianças: Após os dois anos, é necessário que se verifique o peso e a estatura a cada seis meses até o 5º ano de vida e depois anualmente entre seis e 18 anos. A menos que o paciente apresente alguma doença de base ou quaisquer alterações ao longo deste acompanhamento. Nesse caso, a periodicidade pode sofrer alterações.
Grávidas: Elas devem procurar o médico assim que tiverem o diagnóstico de gravidez ou mesmo na suspeita para iniciar o acompanhamento da gestação. Até o sexto mês, as visitas ao obstetra devem ser mensais. Depois disso, podem ocorrer de 15 em 15 dias, de acordo com o decorrer da gestação. Caso a gestante venha a sentir algo diferente, deve procurar imediatamente o médico.
Adultos: Devem realizar um checkup com todos os exames necessários uma vez ao ano, caso não possuam nenhum problema já diagnosticado de saúde. Exames de audição e visão devem ser feitos a partir dos 40 anos, ou antes, caso existam queixas pertinentes. Os exames específicos, ginecológicos e urológicos, por exemplo, como mamografias, ultrassonografias e consultas aos especialistas, devem ser realizadas na periodicidade recomendada por cada especialidade de acordo com as idades dos pacientes.
Idosos: Se estão saudáveis, podem seguir a mesma recomendação dos adultos e ir apenas uma vez por ano. Mas se apresentam alguma doença, devem ir ao médico com a frequência determinada por ele.