Muitas atividades profissionais podem ocasionar, ao longo do tempo e sem um ambiente de trabalho adequado, diversas lesões em quem as executa. De acordo com a educadora física Raíssa Joner, quando é questão de saúde do trabalhador, fala-se em ergonomia. Além de ser um direito protegido em lei, segundo destaca, a ergonomia é responsável pelo aumento da produtividade e pela redução do tempo de afastamento do funcionário em uma empresa. “Ela está relacionada às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em relação a atividade física desempenhada pelo trabalhador. Os cuidados incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos e os problemas físicos relacionados ao trabalho”, explica.
Na prática, significa desenvolver e aplicar técnicas de adaptação de elementos do ambiente de trabalho, com o objetivo de gerar o bem-estar do profissional.
Raíssa também relata que as lesões por esforço repetitivo (LER e DORT) são os problemas físicos mais comuns, podendo causar limitações ou mesmo a incapacidade de trabalhar.
“Existem soluções para melhorar as condições no local de trabalho, é uma iniciativa que aumenta significativamente os níveis de satisfação, eficácia e eficiência do colaborador, já comprovado em diversos estudos científicos. Dentre elas a utilização de cadeiras e mesas ergonômicas , apoio para os pés e cotovelos, maquinário adaptado e principalmente a implantação da ginástica laboral nas empresas”, salienta.
Para quem desconhece, a educadora explica que ginástica laboral é a prática voluntária de atividades físicas realizadas coletivamente dentro de empresas, antes, durante ou após sua jornada diária.
“Na ginástica laboral o profissional de educação física realiza exercícios de preparação, aquecimento e alongamentos específicos para cada local e setor de trabalho. Os exercícios duram de 10 a 15 min e geralmente ocorrem de duas a três vezes por semana”, pontua.