Vem aí o maior encontro de antigos do Rio Grande

Se São Pedro colaborar, a região voltará a realizar, na próxima semana, o maior evento de antigomobilismo do Rio Grande do Sul e um dos maiores do Brasil. A sétima edição do Encontro de Carros Antigos de São Sebastião do Caí ocorre na terça-feira, dia 1º, das 8h30min às 17h, com uma programação que abrange mercado de pulgas (comércio de autopeças antigas), exposição de miniaturas automotivas (a chamada 1ª Expo Diecast) e uma série de antiguidades, como bicicletas, lambretas, caminhões, tratores, ônibus e outras coisas que se movem sobre rodas. “Avião, por enquanto, não temos recebido por falta de espaço”, brinca o comerciante Júlio César de Mello, 42 anos, membro do Clube dos Carros Antigos do Caí.

Mas ele não exagera com relação ao sucesso da festa, que em 2017 teve um público de aproximadamente 10 mil pessoas. No ano passado, os inscritos chegaram a 903, número que somente não foi maior porque o Parque Centenário atingiu sua capacidade máxima. “Estaremos muito satisfeitos se atingirmos a mesma quantidade do ano passado, mas para isso dependemos do tempo”, diz Mello. O diferencial do encontro caiense é justamente o local, pois são poucos parques no RS onde os apaixonados por carros podem levar churrasqueira e se esparramar debaixo da sombra — aliás um dos motivos pelos quais o parque fica pequeno. E a cereja do bolo é o show de Os Daltons, um “bando” de country rock que volta ao Caí porque o público pediu para repetir a dose de 2017.

Segundo Júlio, Montenegro vai em peso ao Caí, seja como espectador, seja como expositor, sobretudo de Fusca. “O grupo dos Cascudos participa bastante dos encontros”, elogia. Entre as excentricidades do evento está um grupo de fãs de Vespa e Lambretta, que vem de Dois Irmãos e, neste ano, terá um palco especial no Ginásio B.

A regra geral para os antigos entrarem no parque é ter saído de fábrica há 30 anos, pelo menos, mas há exceção para clássicos como Fusca, Opala, Caravan, Chevette, Kombi e Gol (este somente até 1990, salvo GTS e GTI, aceitos até 1994). “Esses carros, todos clássicos, vêm em grupos. Não tem como dizer ‘tu pode entrar e tu não pode’ por causa do ano”, explica o organizador. Os primeiros 500 ganham kits de inscrição.

O propósito da programação é unir os apaixonados por antigomobilismo, os amigos, trocar ideias, comprar e vender peças antigas, além, é claro, de se curvar à cultura vintage. De quebra, o clube incentiva o turismo do Vale do Caí — são esperados participantes de outros estados e até de países como Uruguai e Argentina — e também a solidariedade. Os alimentos e os pacotes de ração para cães e gatos recolhidos na entrada do Centenário serão depois destinados a entidades benemerentes. Além do mais, a comunidade terapêutica Desafio Jovem Gidões levanta recursos com a venda de almoço a la minuta.

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