Alerta é para a importância de obter um crescimento sustentável nos próximos anos, após período de crise no setor
Para o setor automotivo, a ordem é manter a cautela apesar de considerar que há um “clima favorável” no Brasil. O mercado prevê crescimento nas vendas de novos e usados, mas especialistas alertam para a necessidade de obter um aumento saudável ao invés de estimular uma nova bolha de consumo. A última projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indica que a produção de carros zero quilômetro deve crescer 11% em 2019.
Esse incremento significa mais de três milhões de unidades produzidas, enquanto que a venda de novos veículos também deve ficar na casa de dois dígitos. A estimativa positiva baseia-se no desempenho de vendas registrado em 2018. Dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta que, de janeiro a outubro passado, houve um crescimento de 13,55% no emplacamento de veículos, em relação a 2017.
Já a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) indica um aumento de 1,1% na venda de seminovos e usados nos 10 primeiros meses do ano. Enquanto isso, o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) prefere manter um otimismo mais modesto, projetando alta de 5% (3,15 milhões) na produção de veículos.
“É cedo para cravar um crescimento expressivo do mercado interno. Isso porque os bancos estão com apetite para financiar, mas ainda têm receio porque tiveram prejuízos em anos anteriores”, afirma Roberto Bottura, CEO da Checkprice. Ele completa que o mesmo acontecerá com as montadoras, onde serão seus lançamentos que irão ditar o ritmo das vendas.
A empresa Checkprice é especializada em tecnologia automotiva, e projeta um crescimento de até 20% em 2019. Isso ocorrerá justamente pelo desenvolvimento de soluções que auxiliam as empresas a terem mais controle e cautela na gestão automotiva.