Primeiro ônibus a gás do Brasil é gaúcho

Ecológico. Veículo de combustível limpo fará transporte de trabalhadores

O Rio Grande do Sul terá o primeiro ônibus rodoviário do Brasil movido a gás natural veicular (GNV) – ou biometano – em fretamento regular. O modelo vai transportar colaboradores da usina de aços especiais da Gerdau, localizada em Charqueadas, a partir deste primeiro quadrimestre de 2021. A operação será da empresa Turis Silva Transportes, que também atende linhas no Polo Petroquímico de Triunfo.

O contrato de demonstração será na rota de Porto Alegre-Charqueadas-São Jerônimo, rodando 190 km por dia. O início do trabalho está nos últimos detalhes do processo de certificação e homologação das autoridades para receber a autorização de rodagem. A iniciativa reúne grandes nomes, Scania, Gerdau e Marcopolo, para entram para a história do automobilismo e do transporte coletivo do país.

Protótipo tem oito cilindros de gás com uma autonomia de 300 km

O gerente de Vendas de Soluções para Mobilidade da Scania no Brasil, Fábio D´Angelo, observa que esta é a primeira de muitas soluções nesta linha ecologicamente correta. “O planeta e a sociedade estão clamando por alternativas ao diesel e esta tecnologia é a ideal para a realidade do mercado brasileiro”, declarou.

O modelo K 320, com rodado 4×2, tem propulsor traseiro de 320 cavalos de potência. Seu motor é Ciclo Otto, o mesmo conceito dos automóveis, e movido 100% a gás e biometano, ou mistura de ambos. A empresa observa que não se trata de um veículo convertido do Diesel para o gás; e que mantem desempenho consistente e força semelhante ao similar movido pelo óleo derivado de petróleo.

Perfil do projeto
É possível ampliar a autonomia de rodagem, com instalação de mais cilindros, sem alterações significativas nos projetos das carrocerias. O projeto traz ainda três válvulas – vazão, pressão e temperatura – que liberam o gás em caso de anomalia em um destes três quesitos. Os oito cilindros são extremamente robustos, fabricados a partir de ogivas de mísseis. E em caso de incêndio ou colisão, o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão.

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