Entidades oficiais não apoiam greve dos caminhoneiros

André Costa, presidente da Federação dos
Caminhoneiros, foi entrevistado pela Rádio Ibiá Web. Foto: Assessoria de imprensa Fecam

Ameaça foi fomentada através das redes sociais

Uma ameaça de greve dos caminhoneiros a partir de segunda-feira, 1º de fevereiro, foi fomentada, sobretudo, através das redes sociais. O crescente rumor motivou uma reunião entre três federações e 23 sindicatos de caminhoneiros autônomos, gerando uma nota oficial que, ao menos por agora, afasta essa possibilidade. Em entrevista ao Estúdio Ibiá, na Rádio Ibiá Web, quarta-feira, um dos líderes da categoria avaliou este cenário.

“Não é o momento oportuno para acontecer um movimento de paralisação”, declarou André Costa, presidente da Federação dos Caminhoneiros do Rio Grande do Sul (Fecam/RS) e vice-presidente Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e Cargas (Conftac). Segundo ele, através das entidades que assinaram o documento, maioria esmagadora da categoria decidiu não aderir ao movimento grevista. Uma das ponderações é em relação a “danos irreparáveis à sociedade brasileira”.

Entrevistado pelos jornalistas Clarice Almeida e Mateus Friedrich, ele apontou ainda que o auto-intitulado “conselho nacional do transporte de cargas”, que instiga a greve, não é uma entidade reconhecida, com CNPJ e endereço fixo. Por outro lado, confirmou que a classe tem largos motivos para insatisfação, diante dos elevados custos que arcam para trabalhar, com o aumento do Diesel e de componentes dos caminhões, e valores dos pedágios. Se não bastasse, o piso mínimo de fretes está sendo descumprido pelos contratantes.

Mas, como todas essas são garantias em lei, neste momento as entidades sindicais preferem cobrar fiscalização do governo. Questionado de qual o limite da paciência dos autônomos, respondeu que não há como saber, podendo acabar a qualquer momento. Em nota, entidades se manifestaram. “A maioria é contrária à especulação política escancarada de alguns, ávidos por obter benefícios escusos sobre a já dolorida experiência da pandemia do Covid-19”.

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