Supernatural: uma série para guardar no coração

Há uma triste constatação na vida: tudo que é bom um dia acaba. E términos são sempre difíceis. Quem nunca sofreu com o fim de um namoro ou de um pedaço de bolo, por acaso? Eu mesma já sofri pelos dois. Os fins, infelizmente, vêm também para os programas televisivos.

Há 13 anos no ar, a série Supernatural pode estar com despedida marcada para os milhares de fãs mundiais. A previsão é de que juntamente com a 14ª temporada, que está prevista para o segundo semestre de 2018, venham os créditos finais e a lacuna no coração dos hunters – nome dado aos fãs da série. O 300° episódio, segundo rumores dos protagonistas e produtores, poderá ser o responsável pelo fim de uma saga épica. Sentimento é de “orfandade” para montenegrinos como Raíssa Cardozo, Adrielle Fontoura de Souza e Gabriel de Almeida Dutra, que adotaram a série como preferida para amar.

A certeza, porém, é de que ela permanecerá na mente e no coração de quem dedicou tanto tempo, risos, e por que não, lágrimas a ela, testemunhando suas histórias e lições.
A série americana Supernatural, em tradução Sobrenatural, é baseada em lendas urbanas americanas, como a do Wendigo. Ela narra a história de dois irmãos, Dean e Sam Winchester, suas aventuras sobrenaturais – entre o céu e o inferno-, caçadas a demônios, fantasmas e monstros. A criação do enredo que fisgou inúmeros hunters mundo afora foi idealização do roteirista e diretor Eric Kripke.

Parceiras até no Sobrenatural
Raíssa e Adrielle, ambas com 22 anos e estudantes universitárias, além de serem amigas, partilham o gosto em comum pela série. As duas, que são aficcionadas por Supernatural, possuem roupas, acessórios, livros temáticos e grupos no WhatsApp sobre o seriado. O amor perpassa os sentimentos e se materializa.

Raíssa conheceu o programa através de um amigo, em 2009. Porém, começou a assistir com regularidade apenas em 2011. “E em 2010 aconteceu um evento ‘Supernatural’ que comentei com a minha melhor amiga. Ela já possuía o diário do John Winchester e escreveu alguns símbolos da série para mim. Então, os desenhei em cima da minha cama e permanecem lá até hoje”, afirma.

O seriado, que a acompanhou em diversas fases da vida e em distintos momentos, tanto bons quanto ruins, trará, certamente, um vazio nostálgico com seu fim. “Quando está no ultimo episódio de alguma temporada e começa a tocar a música tema e as cenas da temporada toda, eu fico arrepiada. Acredito que todos os hunters sentem isso”, destaca.
Apesar do fim e da saudade inevitável, a certeza de que será possível rever episódios e temporadas antigas conforta Adrielle. “Mas já estamos sofrendo. Depois da 14ª temporada, não haverá mais a espera por um novo lançamento, nem pensamentos sobre onde estaria aquele Winchester ou o que houve com Cas”, lamenta.

A incerteza sobre um desfecho digno aos personagens, de acordo com Adrielle, é a única preocupação no momento, já que haverá mais duas temporadas para serem desfrutadas. “Fico pensando se eles gerarão uma família, se o legado vai seguir de alguma forma. Mas eu, a Raíssa e outra amiga não estamos preparadas para o fim”, conclui.

“O negócio da família”
Gabriel de Almeida Dutra, 18 anos, estudante de engenharia automotiva, afirma que sempre foi fascinado por matérias, filmes e conteúdos que envolvessem atividades além deste mundo. Ele encontrou no seriado o preenchimento que faltava para esta lacuna em seu coração.

“Eu comecei a assistir por volta de 2005, quando passava no SBT, por indicação da minha mãe. Como acompanho há muito tempo, fico triste com um possível término”, explica.
Gabriel acredita que além de ter o enredo recheado com aventuras, mistérios e uma trilha sonora de tirar o fôlego, a série ainda traz mensagens como a importância de valorizar a família. “O Dean e o Sam, irmãos, fazem tudo um pelo outro e tentam salvar o máximo de pessoas possível. ‘Salvar pessoas, caçar coisas, o negócio da família’”, brinca o estudante, fazendo referência ao lema do programa.

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