Após 11 anos de espera, os fãs do grupo Rouge já podem comemorar. A girlband do Brasil está de volta com sua formação original para a turnê que celebra os 15 anos de carreira. Aline Wirley, Fantine Thó, Karin Hils, Li Martins e Lu Andrade desembarcam em Porto Alegre no dia 10 de março, no Pepsi On Stage, para o show “Rouge – 15 anos”, que reúne os grandes hits do grupo. Os ingressos para o show estão sendo vendidos no site do LivePass por valores partindo de R$ 90,00.
O sucesso começou em 2002, quando o grupo estourou com “Ragatanga”, que fez milhares de pessoas dançarem ao ritmo frenético de “Aserehe ra de re…”. Desde então, foram cinco discos lançados, mais de três milhões de cópias vendidas e 12 singles no topo das paradas das rádios. Além da nova turnê, o quinteto comemora a assinatura de um novo contrato com a Sony Music e o lançamento dos álbuns nas plataformas digitais.
A banda, separada desde 2005, retornou oficialmente aos palcos no dia 13 de outubro de 2017, após muitos pedidos para uma reunião com a formação original. Foi na festa Chá da Alice, tradicional no Rio de Janeiro, que elas fizeram o show de retorno.
Na ocasião, os ingressos para as duas apresentações na capital fluminense esgotaram em apenas três horas. Uma loucura. O público de São Paulo não deixou por menos e repetiu a dobradinha, fazendo com que o site da vendas das entradas chegasse a ficar fora do ar devido ao grande número de acessos.
Uma geração que viveu o ritmo “Ragatanga”
A banda pode até ter dado uma pausa na carreira por um tempo, mas a galera que curte o som jamais se esqueceu dos hits que embalavam a cena pop do Brasil no início dos anos 2000. Daniela Pigozzo, de 22 anos, é uma das fãs que esperava ansiosamente pela volta das meninas. “Acompanhei desde o momento em que foram descobertas no programa Popstar, do SBT. Na época eu tinha apenas sete anos e ainda estava construindo meu gosto musical, que hoje é muito influenciado por rock e pop”, conta.
O fato de cinco garotas se destacarem e serem influentes no ramo musical foi algo que chamou a atenção de Daniela. Os hits lançados eram contagiantes e as músicas mais calmas tinham letras que transmitiam uma mensagem agradável. Isso conquistou a sua admiração. “Acompanhei o grupo até 2008 e, mesmo depois que pararam, tinha a esperança de que voltariam um dia. A vida seguiu e ficou a doce lembrança da banda que fez parte de toda minha infância”, lembra. No final do ano passado, uma colega de faculdade contou a Daniela que o grupo havia se reunido e as memórias da infância voltaram ao pensamento.
Fabiano Castro, de 20, também é fã da banda e garante que estará no show em Porto Alegre. Ele conta que gosta do grupo desde 2002 (ano em que foi criado), quando tinha seis anos. “Lembro como se fosse ontem. Sempre assistia elas na TV quando passava, ouvia nas rádios, tinha CDs… Depois de um tempinho perdi o contato, mas em 2010 voltou aquela paixão e, desde então, não paro de acompanhá-las, até nos trabalhos solos”, comenta.
A harmonia das meninas é o que chama mais a atenção de Fabiano. Ele diz que as integrantes possuem uma conexão entre si que é exposta nos vocais e nas coreografias. “E elas têm algo muito maior a oferecer aos fãs, agora nessa volta incrível. Os vocais bem casados, a harmonia nos palcos e nos videoclipes, as coreografias e o amor que elas têm entre si faz com que haja algo diferencial na banda”, opina.
Quem também conheceu o grupo bem no início da carreira é Kellyn Gonçalves, de 20. Aos seis anos de idade ela já era influenciada pelo ritmo de Rouge. ”Uma das lembranças mais marcantes que tenho, é de que, na festa de aniversário dos meus seis anos, uma tia minha me presenteou com uma telemensagem e eu tive que dançar a música ‘Ragatanga’. Foi muito legal, apesar de um pouco vergonhoso, mas eu não era tímida. Hoje em dia, toda a festa que tem a minha família faz questão de colocar essa música para que eu dance”, conta.
Kellyn acredita que o público-alvo seja mais o feminino e que elas conseguem cativar a galera. Ela afirma que as letras abordam temas diferentes dos hits atuais e que isso garante uma originalidade. “Tratam de assuntos do coração e em outras vezes trazem empolgação e coreografias que pegam, como a da ‘Ragatanga’. Acho que elas vão ter que entrar no novo ritmo que anda o espaço musical e reconquistar os fãs, mas acima disso saber se adaptar para adquirirem novos”, observa.