Montenegrinos pelo mundo: a vida longe de casa

Não é a primeira vez que a história de um montenegrino que decide desbravar a vida longe do país é contada. E há diversas formas de falar sobre uma jornada assim. São sonhos, aspirações sempre muito particulares, singulares. Mas dessa vez, a narração é sobre dois jovens: os montenegrinos Paulo Roberto Böhm Filho, 26 anos, e Estela Maciel da Motta, 23.

Casados há quase um ano, os dois embarcaram em uma escala rumo a Vancouver, no Canadá, chegando à cidade em 27 de dezembro de 2017. Antes de saírem do Brasil, porém, preparam muito bem o psicológico, até a hora do tão esperado check-in. Paulo também garantiu o emprego antes mesmo de mudar-se, em uma empresa de distribuição de água.

Foto: arquivo pessoal

“Decidimos tentar a vida em outro país por conta da situação atual do Brasil, principalmente nos fatores oportunidade, segurança, saúde e educação. Mas não é fácil mudar para um país diferente, principalmente não sendo cidadão local”, destaca Estela.

Há pouco mais de dois meses instalado no Canadá, o casal relata que a incerteza sobre o sucesso da jornada, insegurança de estarem completamente sozinhos em um país diferente, além da saudade de amigos e familiares são inevitáveis. “Você leva um tempo para se adaptar, estamos passando por esse processo ainda”, conta Paulo.

E até conquistarem o tão sonhado espaço próprio, com boa localização, viabilidade de transporte público e melhor custo-benefício, precisaram ficar na casa de amigos.

“A partir da decisão de mudarmos, iniciaram vários preparativos e organizações. A vida financeira para um imigrante não é fácil. No Canadá, mais exatamente em Vancouver, ela se torna absurdamente cara quando se conta com recursos ainda do Brasil, mas melhoram logo que você começa a trabalhar”, relata Paulo.

Foto: arquivo pessoal

Canadá x Brasil
Sim, é fato que muitos brasileiros estão se sentindo desestimulados com os rumos que o Brasil tem seguido. Com Estela e Paulo não foi diferente. Com expectativa de uma vida melhor em um país de primeiro mundo, sem tanta desigualdade, planejaram a oportunidade certa.

“Uma das maiores dificuldades é a língua, pois são diversos sotaques, etnias e culturas. Vancouver conta com muitos imigrantes de várias partes do mundo, como China, Japão, Rússia, Índia, entre outros”, destaca Estela.

Já comparando com o país natal, segundo eles, no Canadá tudo funciona sem burocracia, com transporte público de qualidade oferecido à população, além de segurança em qualquer local ou hora do dia. “Sem preocupação em ser assaltado, bem como o de atravessar a rua. Dá para ter a certeza de que o carro irá parar para você passar”, informa Paulo.

Completamente diferente em diversos aspectos, a educação do Canadá também chamou muito a atenção dos dois, com palavras de agradecimento e solicitação proferidas comumente pela população local. Com visto canadense de dois anos, ela para estudo, ele para trabalho, afirmam que essa é uma experiência única. “Sorry, please, excuse me, thank you são, com certeza, as palavras mais utilizadas nesse país. Morar em outro lugar proporciona conhecer diversas culturas, lugares diferentes e incríveis, fazer novas amizades e, também, amadurecer muito como pessoa e o intelecto”, conclui Estela.

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