No início deste mês, foi realizado, no Bar Opinião, em Porto Alegre, o 9° RS Metal. A edição foi marcada por muita emoção e talento, em um evento que homenageou o guitarrista Fabiano Penna, da banda Rebaelliun, falecido ano passado.
Várias bandas do cenário underground do Metal do Sul participaram do encontro, entre elas, Panic, Gueppardo, Hangar e Rebaelliun. O montenegrino Marcus Teixeira, o FuManchu, vocalista da banda Nonconformity, também esteve lá. “Eu tive a felicidade de ser convidado de honra. Dividir o palco com pessoas as quais me inspiraram nos anos 80 e homenagear esse grande guitarrista, o Fabiano, que deixou um legado incrível, foi uma imensa felicidade”, destaca Fumanchu.
“Eu sempre digo que não subi sozinho naquele palco, ao tocar com a banda Panic. Existe uma construção de tudo: meus amigos, as pessoas que me apoiaram fizeram parte disso. A gente nunca faz nada sozinho e o Metal é uma nação unida, onde um ajuda o outro. Aqui no Brasil é muito difícil viver da música, principalmente desse estilo musical. Então, se não formos unidos, a coisa se dispersa”, completa.
Com as emoções à flor da pele no dia do show, Fumanchu teve a banda como fonte de inspiração na construção de sua carreira. “Além de Sepultura, Leviathan, Ratos de Porão e Ascarodi. Mas primeiro busquei referências daqui, antes de pegar as de fora. E subir no palco, com uma banda desse porte, olha, haja coração. Também toquei e cantei com a Rebaelliun. Essas duas bandas são expoentes do Sul e tocar com elas é gratificante mesmo, sem palavras. E como disse, eu não fui sozinho, levei o nome de Montenegro, de todos que sempre lutaram, o nome da Nonconformity”, confessa.
“Isso demorou quase 30 anos. Ainda tenho revistas, fitas da banda. E é uma dica que fica: é preciso acreditar naquilo que gostamos, independentemente do que vamos conquistar. É seguir e acreditar”, conclui o artista.