Maurício Fulber fará oficina de teatro em Montenegro

Maurício Fulber tem formação também em Cinema

Que tal vivenciar a realidade do Teatro, onde tudo se torna possível? A oficina “Dramaturgias da Encenação” trabalhará movimentos e vanguardas da literatura e das artes plásticas transpostas para o teatro, dando aos participantes a oportunidade de experimentar diferentes linguagens adaptadas, construindo cenas que transitem entre Naturalismo, Realismo, Expressionismo, Surrealismo, Simbolismo, Metalinguagem, entre outros. De acordo com o dramaturgo e criador do projeto, Maurício Fulber, de 29 anos, o evento serve para construir um paralelo entre as diferentes artes e sua aplicação na montagem e na estética da criação teatral.

A oficina é gratuita, como parte do projeto de circulação do espetáculo “As Cinco Pontas de uma Estrela Torta”, através de financiamento do Prêmio Ieacen Teatro RS FAC da Sedactel, e é indicada para atores, diretores, dramaturgos, artistas em geral e pessoas que queiram conhecer mais sobre as possibilidades de expressão no palco. A atividade será ministrada por Mauricio Fulber, que é dramaturgo e diretor do espetáculo e coordena o Núcleo de Pesquisa e Experimentação Cênica Novo Hamburgo.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou por mensagem na página do projeto no Facebook. A oficina acontece dia 23 de fevereiro, às 19h, na sala Braskem da Estação da Cultura de Montenegro. Maurício continua estudando e pretende compartilhar um pouco do que vivenciou como estudante. “Bom, eu sou Bacharel em Cinema pela Unisinos com Extensão em Dramaturgia na UFRGS e, atualmente, estou fazendo meu TCC da Licenciatura em Filosofia na Uninter. Participei como ator na Confraria dos Ritos em São Paulo e no CPT – Centro de Pesquisa Teatral do Antunes Filho no Sesc Consolação, também em São Paulo”, conta.

Quanto à atividade, Maurício garante que será algo bem prático. Haverá uma explicação teórica sobre linguagens da literatura e das artes plásticas e a adaptação delas para cenas teatrais, criando paralelos entre as diferentes linguagens e analisando algumas cenas em conjunto. “Normalmente divido em duas partes, linguagens mais realistas, como Naturalismo, Realismo, Falso-Naturalismo e Melodrama; e as mais flutuantes, como Expressionismo, Surrealismo e Simbolismo”, explica.

Em 2013, o oficineiro concluiu o texto do espetáculo “As Cinco Pontas de uma Estrela Torta” e, desde 2014, apresenta a peça. “Com ela fomos contemplados pelo Prêmio Ieacen Teatro RS FAC da Sedactel”, diz. Já a oficina “Dramaturgias da Encenação” surgiu quando ele começou a trabalhar nos grupos de teatro em São Paulo. Nessas companhias, a pesquisa de literatura, filosofia, artes plásticas e Cultura oriental era fundamental para o processo de encenação e criação teatral e dramatúrgica.

Maurício destaca que sua família sempre incentivou muito que cada membro fizesse aquilo que quisesse na vida e apoiou o contato com a arte de modo geral. “Então, desde pequeno, quando eu pedia para entrar em um curso qualquer, eles sempre davam essa oportunidade”, conta. No teatro, ele começou como ator em peças da escola, aos sete anos, nas quais se esforçava para criar histórias “malucas” e personagens “estranhos”, como ele mesmo descreve. “Quanto mais diferente da realidade e fantasioso, mais me interessava. Entrei em uma escola de teatro só com 17 anos e aí continuei como ator até voltar de São Paulo, quando peguei meus textos e retornei para a cadeira de diretor e dramaturgo, que é um dos meus lugares preferidos no mundo”, afirma.

Desde sua infância, Maurício gostava de assistir a desenhos onde os mundos o “transportavam” para algo que ia além da realidade e das possibilidades do mundo. “Era encantador ver um lugar impossível e acontecimentos que desafiassem as leis da Física e que trouxessem reflexões e emoções a partir disso. A animação japonesa tem uma estrutura de construção narrativa onde tudo é possível, sem rédeas e sem limites, e esse tipo de liberdade sempre me interessou”, diz.

Agende-se:
Evento: Oficina “Dramaturgias da Encenação”
Quando: 23 de Fevereiro, das 19h às 22h
Onde: Sala Braskem da Estação da Cultura (Rua Osvaldo Aranha, 2215 – Bairro Ferroviário)
*Orientações gerais: ir com roupa de ensaio para atividades físicas e caderno para anotações e caneta ou lápis.

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