Neste sábado, dia 12 de agosto, a Fundarte promoverá o tradicional Encontro de Coros, em sua 23ª edição. Será no Teatro Therezinha Petry Cardona a partir das 20h. A atividade será aberta à comunidade e a entrada é gratuita, com retirada antecipada das senhas na fundação.
Com a proximidade do evento, a galera que vai se apresentar fica ansiosa. Essa é uma das formas de mostrar a outras pessoas tudo o que foi aprendido e também de apreciar a preparação e as características de outros corais. Para quem é professor nesta área, a atividade é considerada fundamental para o desenvolvimento de cada um, com uma troca de experiências.
No evento, se apresentam o Coro Cantarte e o Coro Saber Viver, ambos da Fundarte. Além destes, também o Grupo Dia Feliz, de Conventos, Lajeado; Grupo Coral Vozes, de Montenegro, e o Grupo Donna Você, de Porto Alegre.
Morgana Kremer, de 23, é uma das várias pessoas que subirão ao palco. Ela começou a participar do Coro Cantarte em 2008, mas precisou sair em 2013, devido aos horários da universidade, retornando à atividade em 2015. “Tudo começou de forma bem inesperada. Eu recém havia começado a estudar canto na Fundarte e fui convidada por minha professora, Rose, (na época regente do coral) para participar. Gostei da experiência logo a partir do primeiro ensaio, razão pela qual permaneço no grupo até hoje”, diz.
Ela conta que ninguém da sua família participou de um grupo coral antes, mas afirma que todos sempre apoiaram a atividade. “Posso contar com a presença dos meus pais nas apresentações quando possível”, garante. Quanto a inspirações artísticas, ela acredita que é muito difícil ter alguma em especial, levando em consideração que o canto coral é uma prática coletiva. “Embora existam muitos grupos admiráveis, é complicado tentar seguir os passos deles, uma vez que todo o trabalho que fizemos no coral é em conjunto, ou seja, todos aprendemos e crescemos juntos dentro das características e particularidades únicas de cada integrante”, explica.
Sábado é dia de subir ao palco e Morgana acredita que todo o grupo esteja muito ansioso para conhecer e assistir aos demais corais, bem como para mostrar o trabalho desenvolvido durante o ano. “Também estamos contando com a presença da população montenegrina para prestigiar e apreciar o evento”, comenta.
Para ela, os encontros de coros são de grande importância para demonstrar seu trabalho. “É uma troca cultural muito rica. Particularmente, gosto muito de assistir aos outros corais, porque conhecemos diferentes repertórios, diferentes arranjos, posturas de palco, culturas, etc. Tudo isso nos alimenta para refletirmos acerca do que estamos desenvolvendo, nos fazendo crescer sempre mais”, explica.
A programação é um momento de aprendizado e confraternização
Para o regente do Coro Cantarte e coordenador da área de Música da Fundarte, Rodrigo Endres Kochenborger, de 34 anos, o encontro de coros é a oportunidade para os cantores apreciarem outros grupos e fazerem novas amizades. ”Trocarem conhecimento e aprenderem uns com os outros, confraternizarem principalmente”, explica Rodrigo.
O regente lembra que participou do Coro infanto-juvenil da Fundarte e foi a época em que conheceu sua esposa e desenvolveu o gosto pela atividade. “Já se passaram 20 anos deste período e tenho certeza que isto contribuiu muito para minha formação pessoal e meu caráter”, declara.
O professor trabalha com os coros da Fundarte há seis anos, mas a instituição tem coros há 45 anos, com o auge de suas atividades na década de 80.
SAIBA MAIS
De acordo com Rodrigo, a Fundarte mantém atualmente três grupos corais: o Criarte, o Cantarte e o Coro Saber Viver, todos com participação gratuita. Ele explica também que o canto coral é uma prática de canto coletivo, onde pessoas de diferentes profissões e níveis sociais e culturais têm a mesma importância. “A atividade Coral é uma rede social das mais antigas de nossa sociedade, muito antes da criação da Internet as pessoas se reuniam para cantar e até hoje o fazem pelos mais diversos motivos, mas principalmente pelo convívio com outras pessoas”, declara.