Um grupo de amigos que viaja para uma floresta afastada onde pretendem passar uma noite de acampamento. Barulhos sinistros, sumiços e situações incomuns começam a acontecer. Todo mundo já assistiu pelo menos algum filme com esse roteiro e sabe que no fim nada acaba bem. O gênero de horror nos cinemas – do cânone ao trash – sempre angariou uma legião de apreciadores. E para 2018, diversas produções foram lançadas, entre elas A Maldição da Casa Winchester, Um Lugar Silencioso, e outras tantas ainda chegarão às salas de cinema, caso da Freira e de Halloween Returns.
E quem, fã de horror e da sétima arte, não conhece Nosferatu (vampiro), expressionismo alemão mudo de 1922? Ou não acompanhou pelo menos uma dezena de adaptações de Conde Drácula e Frankenstein? Os mais jovens lembrarão certamente o marco que foi para cinematografia o estilo de gravação caseira (conhecido por found footage) de Bruxa de Blair (1999), ou dos diversos retornos de Jason, em Sexta-Feira 13. Já os mais velhos (e consumidores de terror) rememorarão com saudosismo um dos recordes de bilheteria, o Exorcista, de 1974.
Por ainda movimentar grandes valores de bilheteria, o terror no cinema ganha anualmente novas versões, novos vilões, acompanhando as mudanças na sociedade e, consequentemente, do perfil de consumidores. Recentemente, Corra, que ganhou Oscar de melhor roteiro original, trouxe um enredo surpreendente de suspense e terror psicológico envolvendo questões raciais. E entre lançamentos e ramakes, as novas gerações têm a oportunidade de assistirem clássicos, como “A Morte do Demônio (1981)” ou “It- A Coisa (1990)”, contextualizados para a sociedade atual.
Também os serviços de streaming e grandes produtoras têm investido em seriados no estilo: Scream, Stranger Things, Supernatural… Sim! Eles viram que dá certo.
Apreciadora e crítica
Estudante de teatro, Pâmela Caroline de Oliveira Magalhães, 25 anos afirma que gosta de filmes de horror principalmente pelas sensações que ele provoca. “E que até então não costumamos ter. Nós lidamos com vários sentimentos no nosso dia a dia: o riso, a indignação, às vezes a melancolia. Mas não costumamos instigar em nós mesmos o suspense, aquela tensão, aquela espera pré-susto, e talvez somente o horror nos causa tudo isso”, explica.
Dentre os preferidos de sua lista, conforme relata, Invocação do Mal, It e Um lugar Silencioso. “Eu gosto de filmes que me deixam tensa ao máximo, com maior ênfase no terror psicológico. E, ultimamente, tenho prestado a atenção em um novo gênero, o pós- terror. Ele adiciona uma concepção mais conceitual e crítica, com direito a fotografia e psicologia das cores ao horror. Filmes como Mãe, Raw, O Demônio de Neon, A Ghost Story e A Bruxa são belos exemplos disso”, salienta.
Pâmela complementa, afirmando analisar criticamente os personagens desses enredos. E defende que o pós-terror tem trazido mais margem para esse tipo de análise por parte do espectador. “Não só no quesito da atuação, dos personagens e do roteiro como também nas áreas de fotografias, figurinos, cenários e iluminação. Às vezes até consigo descobrir padrões de atuação e de ambiente, como se fosse uma fórmula pronta, e me surpreende quando o roteiro foge da fórmula”, conclui.
Próximos lançamentos
A Freira (Estreia prevista: 13 de julho)
Predador (Estreia prevista: 2 de agosto)
Meg (Estreia prevista: 9 de agosto)
Captive State (Estreia prevista: 17 de agosto)
Mentes Sombrias (Estreia prevista: 14 de setembro)
Halloween Returns (Estreia prevista: 18 de outubro)
Top 10 de bilheterias no cinema de horror
1. It – A Coisa (US$ 266 milhões)
2. O Exorcista (US$ 232,9 milhões)
3. Corra! (US$ 175,4 milhões)
4. A Bruxa de Blair (US$ 140,5 milhões)
5. Invocação do Mal (US$ 137,4 milhões)
6. Atividade Paranormal (US$ 107,9 milhões)
7. Entrevista com o Vampiro (US$ 105,2 milhões)
8. Atividade Paranormal 3 (US$ 104 milhões)
9. Pânico (US$ 103 milhões)
10. Invocação do Mal 2 (US$ 102 milhões)