Dia das Crianças. Os trigêmeos nascidos em 2017 se encontram pela primeira vez
O ano de 2017 foi especial para Montenegro no que diz respeito à maternidade. Numa ocorrência muito rara, o município registrou dois nascimentos de trigêmeos. No dia 24 de março Rita e André Aires receberam Sofia, Laura e Júlia. Já o presente triplo da Priscila Pereira e do João Renato Silva de Borba chegou em 22 de dezembro e se chamam Helena, João Pedro e Manuela. O Ibiá acompanhou ambas as gravidezes e noticiou os nascimentos. Os seis montenegrinos vieram ao mundo pelas mãos da ginecologista e obstetra Alessandra Pölking.
Para festejar este Dia das Crianças, o Ibiá realizou o encontro destas duas famílias e da médica. Com direito a piquenique e muitas brincadeiras, os pequenos logo se enturmaram. O encontro ocorreu no último sábado, 3 de outubro, na Estação da Cultura. Chovia muito, o que não tirou a disposição dos pequenos em se divertir. Entre bolhas de sabão e poças de água todos garantiram ótimas gargalhadas.
A experiência de criar três bebês ao mesmo tempo tem se mostrado desafiadora para ambas as famílias, mas, também cheia de belas surpresas. Pode até faltar um pouco de tempo, às vezes, de energia. Mas, nestas casas sobra amor, felicidade e brincadeiras. “Está sendo uma experiência incrível, mais que ganhar um filho (ou três) ganhei um presente”, diz Rita, resumindo também sentimento de Priscila. Ambas assistiram nesta animada tarde os seis interagirem pela primeira vez juntos. Quem sabe não serão amigos no futuro? De alguma forma estas famílias estarão sempre um pouco conectadas.
Já Alessandra observava as crianças com encantamento. As cinco meninas e um menino, tão pequenos quando ela ajudou a nascer, agora já têm por volta de três anos. “Eu nunca mais terei algo assim na carreira de obstetra. Eu acredito, pelo menos. Dois casos de trigêmeos no mesmo ano foi muito especial”, comentou a médica.
Em cada desafio há um presente
Ter três bebês em casa, para zelar, alimentar e entreter diariamente não é fácil. Isso sem falar na ginástica financeira pela qual qualquer família passa quando chega um filho. Imagina três! Mas, olhando para trás e lembrando-se de tudo o que passaram nos últimos anos, Priscila e Rita só sabem sorrir. Em cada desafio elas enxergam um presente, um momento especial ao lado dos filhos. Eles estão crescidos, já não mais bebês. E o seu desenvolvimento as encanta a cada dia.
“A fase que estamos passando é a melhor até o momento, pois agora as crianças se comunicam, conversam, interagem bastante, já expressam suas vontades, sentimentos, gostos. Estamos aproveitando melhor como família”, conta Priscila. O maior desafio? Manter Helena, João Pedro e Manuela entretidos e calmos. Com muito tempo dentro de casa, em função da pandemia, proporcionar atividades que os mantenham ativos não é tarefa fácil. Mas, participar de cada descoberta infantil tem sido uma delícia.
Se antes da Covid-19 chegar ao Brasil o casal saía para trabalhar e os avós levavam as crianças à Emei Gente Miúda, onde eles passavam o dia, restando um fim de tarde cheio de brincadeiras em família em casa, agora eles permanecem na residência. “Tentamos fazer as atividades que a professora nos envia, criamos brincadeiras, passeios pelo bairro, para que não fiquem enjoados de estarem em casa”, conta a mamãe. Eles ainda tentam seguir uma rotina de horários pensando em facilitar o futuro retorno às aulas. Mas, no final de semana, programação é com a família toda. Parceiros nas brincadeiras e nas travessuras, o trio da casa é unido, às vezes com alguns desentendimentos. “São muito parceiros, cúmplices. Começaram a brincar juntos, inventam histórias, brincadeiras, danças, cantam. É muito lindo de ver”, completa a mãe, orgulhosa dos seus pequenos.
Orgulho também define Rita olhando para as suas três filhas. De longe já se percebe que elas são parceiras e amorosas entre si. Detalhe é que o casal já tinha uma filha antes do trio, a Ana Luísa, que estava com oito anos quando vieram as gêmeas. Super zelosa com as irmãs, Ana as protege e ajuda em tudo. Rita diz que os últimos anos foram um desafio a cada dia, mas são tantas as alegrias que os obstáculos até passam despercebidos. Moradores da Vendinha, divisa de Montenegro com Triunfo, as meninas dela também sentiram o impacto do distanciamento social imposto pela pandemia. A rotina de antes, já não existe.
“Apesar de ser estressante para elas ficarem isoladas, estamos aproveitando esse período para curtir bastante, reinventando brincadeiras da minha infância. Está sendo um aprendizado muito grande”, relata ela, destacando a compreensão que obtêm na empresa onde trabalho, pois seu horário está reduzido em meio turno. Afinal, com as escolas fechadas pela quarentena, foi necessário um ajuste. Como André trabalha em turno integral, Ana Luísa está ajudando bastante nos últimos meses.
E haja criatividade e energia para dar conta dessa turminha animada. “Elas acordam com uma disposição incrível, têm muita energia: brincam, pulam, dançam o dia inteiro. É surpreendente a capacidade de interagir, aprender e compreender”, conta Rita. As gurias são muito amigas, mas, às vezes, rola umas desavenças. Coisa de irmãs mesmo! “Nada muito grave, coisas de criança”, finaliza a mãe dessa feminina turminha.
O Ibiá pediu que Priscila e Rita escrevessem mensagens sobre o que desejam para seus filhos no futuro. A união das duas respostas você lê agora:
Crianças…
Espero que o futuro ofereça a vocês um mundo mais humano. Um lugar para viver onde haja menos desigualdades em todos os sentidos. Que vocês continuem sendo crianças especiais e que, com muita saúde, alcancem o sucesso na realização dos seus sonhos. Espero que saibam aproveitar todos os momentos e as oportunidades que surgirem. Vocês são capazes de realizar qualquer coisa que queiram. Sonhem alto! A vida é difícil, ela lhes mostrará muitos obstáculos. O mundo ideal, infelizmente, não existe, mas podemos torná-lo melhor se cada um de nós fizer a sua parte. Tenham paciência, tenham bondade em seus corações, sejam gentis e fortes!
