Laci Kerber da Motta – padeira. Foi na mocidade, aos 15 anos, que dona Laci conheceu a família Mombach, ainda em salvador do Sul. Na juventude, as mãos da menina embalaram as crianças Marili, Dirceu e Luis Fernando, este último ainda bebê. Hoje, aos 72 anos, as mãos hábeis de dona Laci, com dedicação e carinho, prepara diariamente as delícias na padaria da loja do centro.
A vida tomou seu curso mais tarde. Aos 22 anos, casada, reencontrou os primeiros patrões e decidiu trabalhar no restaurante da família, na antiga rodoviária. Após algumas décadas, dona Laci teve nova oportunidade de trabalhar com a família Mombach. Ela conta que ingressou na equipe do supermercado no início dos anos 90. “Dona Nayr me levou para a capital para aprender o ofício na Casa do Padeiro”, relembra Laci.
Por dia, ela trabalha, em média, com 115 quilos de farinha para produzir pães, doces e cucas. “A primeira fornada está pronta assim que a loja abre”, destaca a padeira de mão cheia. Dona Laci se diz satisfeita com o trabalho e nutre ainda um carinho especial pelas “crianças”. “Gosto do que faço e gosto deles. A Marili para mim…não tenho palavras para descrever, é uma pessoa boa como a mãe dela”, revela.
Ainda sobre os fundadores, ela relata que eram figuras de respeito, dedicados ao trabalho e à família. “Eles tinham o bar São Jorge, depois veio o mercado. São exigentes, mas muito generosos”, aponta.
O segredo para se manter duas décadas na mesma empresa? A padeira nos conta a receita: “Fazer as coisas certas, procurando inovar e melhorar. Não tem como progredir sem essas atitudes”, afirma Laci.
Abraçando as oportunidades
Alessandra Moraes – auxiliar administrativo. Há dez anos Alessandra Moraes ingressava no supermercado Mombach da Timbaúva como auxiliar no guarda-volumes. Com o passar do tempo, aprendeu as funções de caixa, cartazista e fiscal de caixa. “Estou disponível para atuar no caixa, sempre que precisar estou pronta”, aponta Alessandra.
Aos 30 anos, mãe de um menino, ao olhar para trás, ela se orgulha da trajetória na empresa. “Já estou há cinco anos no administrativo. É um aprendizado, uma vida aqui dentro”, resume. E mesmo lidando com serviço mais especializado, ela também aponta o valor dos relacionamentos. “Aprendi muito com todos que passaram por aqui, a gente muda, amadurece. Ganhei muitas oportunidades aqui dentro”, destaca.
Varejo, carreira e oportunidades
Cristian Bauermann – gerente loja Centro. Em 2006, aos 14 anos de idade, o jovem Cristian Bauermann ingressa como repositor de mercadorias no supermercado Mombach da Timbaúva. Passados 12 anos, o rapaz cresceu, casou, tem uma filha de oito meses e acaba de assumir a gerência da loja do centro. “Me convidaram pra esse desafio e estou nesta função há seis meses”, aponta. Na empresa em que faz carreira, ele recebeu a primeira oportunidade de trabalho.
Neste período, as oportunidades para a ascensão profissional foram oferecidas pela administração e Cristian passou por sete funções na “casa”: De repositor a expedidor e conferente. Entre 2009 e 2010, chegou no setor administrativo, onde começou como digitador de notas fiscais, passando a coordenador de loja. Nos últimos quatro anos, Cristian atuou como comprador na loja da Timbaúva, até receber o convite para assumir a gerência no mercado do centro. Hoje, aos 27 anos, ele tem sob a liderança 54 funcionários e agora desenvolve novas competências no exercício do novo cargo. “Tudo que construí na vida foi devido ao trabalho em parceria com o Mombach. A empresa sempre confiou no meu trabalho”, aponta o gerente.
Como premissa de trabalho, ele diz que não esquece o ensino repassado por Dirceu Mombach (in memoriam). “Depósito organizado, loja organizada”, relembra o gerente.
Terceira geração da família Mombach chega à administração das lojas
José Augusto Mombach Friedrich – gerente comercial – 25 anos. Ele representa a terceira geração da família Mombach à frente do supermercado. “Cresci aqui dentro. Nas férias, a gente sempre vinha aqui”, conta o administrador, formado pela PUC, com ênfase em empreendorismo e sucessão familiar.
A escolha para o setor varejista de fato despertou nessa fase inicial da vida, aponta Augusto. “Entre uma ajuda e outra como empacotador, abastecendo corredores, conhecendo a sistemática do supermercado, fui pegando o gosto”, destaca.
Aquela fase inicial ainda traz boas recordações da avó Nayr, como da vez em que ele, ainda menino, não ficava parado e ela precisava dar conta dele e da loja. “Ela me deu um marcador de preços manual e me indicou um corredor. Eu me entreti tanto com aquilo que na hora de fechar eu não queria ir embora”, afirma.
No setor administrativo, o jovem iniciou a carreira como comprador, ainda com a ajuda de um colega. Agora a aquisição de mercadorias para as duas lojas passam somente pela mãos dele. “Meu papel está mais para gerente comercial, não temos essa função propriamente dita. É uma função mais estratégica dentro da empresa”, ressalta.
Em um mercado dinâmico como o varejo, Augusto entende que para manter e fixar a marca Mombach é preciso entender o comportamento do consumidor. “Hoje em dia poucos fazem rancho, o pessoal leva aos poucos as compras para casa. Cada vez mais temos que entender o que o cliente busca”, aponta.
Para o futuro, Augusto vislumbra o crescimento sustentável da empresa. “Queremos consolidar a marca Mombach. Que as pessoas nos vejam como local de acolhimento, que se sintam em casa, que tenham uma boa experiência em compras”, projeta o neto de seu Nerci e de dona Nayr.