Plantas decorativas e para temperos, uso de pneus na criação de floreiras e de uma lixeira, além de uma pista tátil no centro dão um toque diferente ao espaço chamado Jardim Sensorial, no pátio do Colégio Estadual A.J. Renner. O local aconchegante, que atrai os alunos para um bate-papo nos intervalos, é mais um exemplo de como a preservação ambiental pode ser estimulada de forma interdisciplinar e ainda contribuir para integração e desenvolvimento dos alunos.
A ideia do projeto partiu da Sala de Recursos, onde são atendidos alunos com algum tipo de deficiência e limitação, tanto do A.J Renner como das Escolas Adelaide de Sá Britto, São João e da Escola São Francisco, de Pareci Novo. Para detalhar o projeto, a professora Rochele Cristine de Moraes Marques, que atua nessa Sala, retrocede um pouco no tempo. No ano passado, a instituição desenvolveu um projeto de reciclagem com todos os alunos e que ganhou apoio de famílias na entrega de material. Ao final, todo o lixo recolhido foi vendido.
A educadora observa que o valor arrecadado girou em torno de R$ 100,00 e foi usado no Jardim Sensorial, que oportuniza o desenvolvimento físico e psicológico dos alunos, o contato com a natureza, oferece novos espaços para aprendizagem de cores e plantas, além de estimular os sentidos.
A ideia começou na Sala de Recursos, mas acabou conquistando os demais alunos, que também colaboraram, tanto com trabalho como com material. “Foi algo que começou pequeno e o pessoal foi se engajando”, salienta a educadora.
Ela acrescenta que inclusive a lixeira, feita com pneus usados, foi idealizada por alunos. Rochele salienta que muitos vinham reclamar que alguns não cuidavam, largando lixo no chão ou nos canteiros, então decidiram fazer a lixeira. A professora observa que o projeto tem continuidade. Os próximos passos incluem fazer um jardim suspenso, colocar vasos nos paletes fixados na parede e instalar uma fonte de água.
