Denunciar para ajudar a preservar o meio ambiente

Logística reversa. Secretaria orienta aos cidadãos que denunciem estabelecimentos que não respeitam a legislação

Embora a legislação estabeleça regras que garantam a preservação ambiental, ainda há dificuldades para colocar em prática a lei federal 12.305/2010, conhecida como Lei da Logística Reversa. Essa estabelece a empresas que fabricam ou comercializam eletroeletrônicos, pilhas, baterias e pneus a obrigação de recebê-los de volta, após o uso, para dar um destino correto. O mesmo ocorre com embalagens de produtos como agrotóxicos.

O assunto foi levantado ontem durante palestra realizada na Semana Municipal da Água, no Teatro Therezinha Petry Cardona, com o grupo Maturidade Ativa, do Sesc. A assessora da secretaria municipal de Meio Ambiente, Joana Mara dos Santos, que falou sobre a importância da água, a necessidade de evitar o desperdício e de proteger os recursos hídricos. Essa preservação, no entanto, passa pelo cuidado com o destino do lixo, pois o descarte incorreto polui as águas e coloca em risco também a vida dos animais aquáticos.

Em meio ao público, um dos participantes mencionou uma situação em que tentou entregar a embalagem de um produto químico no estabelecimento que comercializa, mas ouviu da responsável pelo local que colocaria o recipiente no lixo comum. Ele questionou sobre a fiscalização para que a Lei de Logística Reversa seja respeitada.

Joana observou que a adoção de medidas, pelas empresas, para colocar a lei em prática é verifica na concessão e renovação de alvarás. Ela mencionou ações que são realizadas para combater a degradação ambiental, como limpeza de arroios e no Rio Caí, além do Dia de Descarte Correto que terá nova edição nesta quinta-feira, na Praça Rui Barbosa.

Joana disse ainda que a população pode colaborar, tanto ao dar destino adequado ao seu lixo, como denunciando empresas que não respeitam a Lei de Logística Reversa. A denúncia pode ser feita junto ao Condecon/Procom, pelo telefone 3632-3122, ou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente pelo telefone 3649-1879.

Programação de hoje
9h às 11h – Apresentação do Espetáculo teatral “Com água não se brinca” (Sesc), Emei Gente Miúda. O espetáculo será apresentado também à tarde, das 14h30min às 16h, na Escola José Pedro Steigleder. No local haverá recolhimento de pilhas, baterias pequenas e de óleo de cozinha.
14h – Abertura oficial da Semana da Água, na Escola José Pedro Steigleder (esta atividade seria na segunda-feira, mas foi adiada devido aos estragos causados pelo temporal nas escolas).

Pilhas e óleo de cozinha devem ficar fora do lixo comum
Usadas para o funcionamento de brinquedos, controle remoto e aparelhos diversos, as pilhas fazem parte do cotidiano, seja em casa, no trabalho, na escola, ou em qualquer outro lugar. O mesmo ocorrem com baterias pequenas, mais usadas em celulares, mas também garantem o funcionamento de outros produtos.

E o que fazer com elas quando já não cumprem seu papel? Há quem, na dúvida, junte em caixas e sacolas à espera de uma resposta sobre o destino correto de pilhas e baterias. Outros, porém, optam pelo mais fácil, descartar com o lixo comum ou jogar em depósitos clandestinos de lixo. Esta, sem dúvida, é a pior opção. Esses produtos possuem elementos tóxicos e o descarte incorreto é um risco.
A desatenção com o destino de pilhas e baterias pode resultar em danos ao meio ambiente e à saúde, devido à contaminação do solo e da água e a doenças que podem afetar quem entrar em contato com o local onde esse material foi largado. Ao serem descartadas incorretamente, elas podem ser amassadas ou estourarem deixando vazar o líquido tóxico de seu interior. Essa substância se acumula na natureza e, por não ser biodegradável – o que significa que não se decompõe – pode contaminar o solo.

Alguns estabelecimentos comerciais e escolas são pontos de coleta. Hoje dentro da Semana Municipal da Água haverá recolhimento na Escola José Pedro Steigleder. Serão recolhidos também óleo de cozinha acondicionados em vidro ou PET. A coleta será a partir das 14h30min.
Ao ser despejado na pia ou no vaso sanitário, o óleo passa pelos canos da rede de esgoto e fica retido em forma de gordura. Isso atrai bichos como baratas, ratos, insetos em geral, entre outros, que podem causar várias doenças.
Nos rios, por ser menos denso que a água, o óleo fica na superfície, dificultando a passagem de luz e oxigênio, situação que coloca em risco a vida de animais aquáticos.

Dica
Algumas práticas podem ajudar a aumentar a vida útil das pilhas. Uma delas é nunca guardá-las em locais expostos ao calor e à umidade. Isso evita o vazamento de seu conteúdo. Além disso, é preferível a utilização de pilhas e baterias recarregáveis, pois têm maior durabilidade. É importante também retirar as pilhas do equipamento se ele for permanecer muito tempo sem uso.

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