Quem esteve no Parque Centenário recentemente deve ter notado o estado do lago principal, que se encontra tapado por uma vegetação verde. A situação acabou gerando preocupação em algumas pessoas, que viram relação do fenômeno com a água, que estaria parada, e também poderia ser foco de proliferação de insetos. Não há, no entanto, motivo para alarme.
A secretaria municipal de Meio Ambiente, por meio da assessora especial Joana Mara dos Santos, explica que a ocorrência é normal, se dá todos os anos e recebe o nome de eutrofização. “No caso do Parque Centenário, a vegetação é formada pelas chamadas macrófitas aquáticas, que se desenvolvem devido ao aumento na disponibilidade de nutrientes necessários para a fotossíntese”, explica.
Joana cita alguns dos fatores que auxiliam na proliferação da vegetação, popularmente conhecida como “marrequinha”. O escoamento da terra de uma tempestade, a decomposição de matérias vegetais e animais na água, a temperatura quente e os níveis de oxigênio são alguns elementos que podem ter influência. Sobre a suposta água parada, ela indica que existe um sistema, no lago, que o mantém sempre em movimento, com saída direta e constante. Não há, ali, um ambiente de proliferação de insetos.
Membro da equipe de zeladoria do parque, Adão Motta conta que as equipes precisam esperar os dias de vento para a retirada das marrequinhas, que é feita manualmente nestes períodos de alta quantidade. Isso porque o vento empurra a planta em direção à taipa, facilitando a coleta.
Adão conta que, em ocasiões anteriores, tentou-se utilizar um barquinho no trabalho, mas como a vegetação junta muita água em sua parte inferior, a retirada alagava a embarcação. Hoje, o procedimento é feito com o uso de uma tela. Na última semana, um pouco já foi retirado. A remoção será concluída nos próximos dias. (DM)