Enem 2018 será mais longo para responder as questões de exatas

Prova do segundo dia terá 30 minutos a mais. Valor da inscrição se mantém

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou ontem edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. O texto publicado no Diário Oficial da União indica mudanças na duração da prova e no valor da inscrição. Os testes serão aplicados em dois domingos, como na edição de 2017. Porém, o segundo dia terá 30 minutos a mais, totalizando cinco horas de prova. Neste dia, os candidatos respondem a questões de ciências da natureza e matemática.

A taxa de participação tem o mesmo valor do ano passado, ou seja, R$ 82,00. Os isentos do Enem anterior que faltaram aos dois dias de provas sem justificativa não terão direito à gratuidade. A justificativa de ausência no exame do ano passado deverá ser feita a partir das 10h do dia 2 de abril até as 23h59min do dia 11 de abril. As inscrições para o Enem 2018 abrem no dia 7 de maio e vão até o dia 18 do mesmo mês. As provas serão aplicadas nos dias 4 e 11 de novembro.

Franciele acredita que o acréscimo dos 30 minutos fará diferença

Para Franciele Barboza Tavares, de 17 anos, a prova é feita, muitas vezes, sob pressão pelos candidatos. Ela acredita que o acréscimo dos 30 minutos fará com que o teste fique um pouco mais leve. “É ótimo, pois a gente se preocupa em ter de saber todos os conteúdos e ainda precisa cuidar do horário. Se preocupa também em chegar na hora certa e, somando tudo, gera uma pressão muito forte”, comenta.

Aluna no 3º ano do Ensino Médio da Escola AJ Renner, ela afirma que está se esforçando ao máximo nos estudos, mas admite a dificuldade enfrentada. “Eu estudo de manhã, trabalho à tarde a ainda curso um técnico à noite. Então consigo estudar mais a fundo para o Enem só nos fins de semana. Acredito que se os organizadores das provas fizessem questões com assuntos mais específicos nas matérias, ficaria muito mais tranqüilo de estudar e realizar o teste também”, afirma Franciele.

Quem também está ansiosa para a prova é a estudante Mayara do Nascimento, de 17. Ela igualmente está cursando o 3º ano e destaca a importância de se dedicar para ser aprovada no exame. “Muitas vezes, as pessoas colocam a culpa na escola, por não ser particular, mas acredito que o resultado será refletido no meu esforço. Por isso, todas as noites, tiro algumas horas para estudar para o Enem”, diz.

Mayara destaca a importância de se dedicar para o exame

Mayara também trabalha à tarde e destaca a correria que é vivenciada nesse último ano. Além das preocupações com a formatura e com as visões para o futuro curso, há a preparação para o Enem. “Esse é um ano bem agitado, então acho que esses 30 minutos a mais podem fazer toda a diferença na hora de responder as questões. Afinal, a prova exige não apenas conhecimento, mas também interpretação dos textos”, declara. Ela lembra ainda que a escola incentiva a realização de provas antigas do exame e organiza ainda um simulado antes da atividade oficial.

Controle será reforçado
O edital do Enem continua prevendo a realização da revista eletrônica nos locais de prova, por meio do uso de detectores de metais. A novidade deste ano é que os alunos também deverão permitir que os artigos religiosos, como burca e quipá, sejam revistados pelo aplicador das provas. Quem não permitir a revista poderá ser eliminado do exame.

Imprevistos serão avaliados
O participante afetado por problemas logísticos durante a aplicação poderá solicitar reaplicação do exame em até cinco dias úteis após o último dia do Enem. Os casos serão julgados individualmente pela Comissão de Demandas. No ano passado, cerca de 3,5 mil estudantes tiveram que refazer as provas por problemas como falta de energia nos locais do exame.

Direitos Humanos em pauta
O Inep retirou do edital o item que determinava que a redação que desrespeitasse os direitos humanos teria nota zero. No ano passado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a suspensão da regra que previa a anulação da redação que violasse os direitos humanos.

Os resultados do Enem poderão ser usados em processos seletivos para vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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