Palestras de Carpinejar no RS geram ação judicial

O escritor Fabrício Carpinejar foi contratado pela prefeitura de São Leopoldo para realizar 30 palestras sobre bullying em escolas municipais. O valor cobrado e a falta de licitação gerou debate e uma ação judicial.

A Prefeitura firmou o contrato com o escritor em 8 de agosto e dispensou a licitação ao justificar que as palestras tinham cunho técnico e científico. Uma professora aposentada questionou o contrato judicialmente alegando a crise econômica enfrentada pelo município.

O juiz Ivan Fernando de Medeiros Chaves, da 3ª Vara Cível de São Leopoldo, suspendeu o pagamento ao alegar ausência de publicidade do contrato, dispensa de licitação e moralidade administrativa. A justificativa foi de que as contas deficitárias do município não podem arcar com o orçamento de R$ 80 mil cobrado pelo escritor.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Leopoldo informou que espera ser notificada da decisão para se manifestar.

O escritor relatou que foi procurado pela Secretaria Municipal de Educação de São Leopoldo para ajudar a baixar o índice de violência com palestras sobre bullying. “Há um mês uma criança se matou em uma escola da cidade por não saber lidar com o bullying. O assunto não é brincadeira e, por ser de fundo emocional, não significa que não tem vítimas fatais. Pais e mães entendem o que estou falando. Professores e diretores da escola suportam novas formas de bullying, presencial e digital”, afirmou.

Conforme nota do artista em rede social o cachê cobrado referente às palestras é três vezes menor do que normalmente cobra nos eventos. “Já realizei 11 palestras das 30 previstas. Não recebi nada até o momento. O orçamento de R$ 80 mil se refere à 30 palestras e mais transporte. Ou seja, o preço de cada palestra ( R$ 2,1 mil) está três vezes menor do que o meu valor de mercado (R$ 7 mil por palestra)”, disse. “A verba destinada ao projeto é para uso exclusivo de capacitação de professores, não podendo ser usado para outro fim, como pagamento de salários de funcionalismo”, complementou.

Confira a nota completa através do link nota de esclarecimento completa. Veja alguns comentários de redes sociais.

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