Secretários alegam que faltam algumas adequações e vistoria dos bombeiros
Ocorreu ontem, na Câmara de Vereadores, uma reunião para tratar da liberação do teatro Roberto Atayde Cardona para os eventos artísticos da cidade. O local foi fechado devido a obras na Biblioteca Pública, que fica no mesmo complexo. A obra, no entanto, está parada, e o teatro sem liberação para uso. Integrantes do Executivo afirmaram que o espaço deverá ser liberado em breve, sendo ainda necessárias algumas restaurações e o alvará dos bombeiros.
De acordo com o secretário municipal de Gestão e Planejamento, Rafael Antônio Riffel, o prefeito Carlos Eduardo Müller solicitou que fosse resolvida a desvinculação do teatro do espaço da biblioteca, para que o Roberto Atayde Cardona possa ser usado, mesmo sem a conclusão das obras. Ele argumenta que a obra da biblioteca não pode ser retomada, uma vez que o contrato para o projeto foi um dos recolhidos nas recentes investigações do Ministério Público. “Nenhum documento contábil ou contrato está conosco”, ressaltou.
Foi colocado pela vereadora Kellen Mattos (PSD), uma das presentes, que podem ser fornecidas cópias destes documentos em dispositivo de memória externa. Rafael comentou ainda que a Prefeitura não teve retorno sobre quais empresas poderá continuar contratando, mas afirmou que irá atrás destas cópias. A expectativa é que a obra da biblioteca seja retomada somente no ano que vem.
Com essa desvinculação do espaço, o secretario municipal de Obras Públicas, Argus Machado, informou que a liberação do teatro está dependendo apenas do alvará dos bombeiros e de algumas readequações, como pintura, limpeza, troca do revestimento do piso e revisão das saídas de emergência. “Estamos em contato com o Sargento do Corpo de Bombeiros para agilizar isso. Precisamos que eles vão até lá, façam a vistoria e verifiquem o que precisa ser feito”, relatou.
Alguns vereadores combinaram de ir até os bombeiros na tentativa de pressionar o andamento desta questão. “Temos que fazer uma força tarefa para continuar com as programações artísticas do local”, afirmou o vereador Joel Kerber (PP). “Certamente vamos pressionar os bombeiros para andar isso aí.” Não há, com isso, uma previsão de data para a volta do funcionamento do teatro.
Presente na reunião, a proprietária da escola de balé Pilé & Cia, Débora Primaz, frisou que já teria um evento programado para seus alunos nos dias 20, 21 e 22 de outubro e que, caso não haja a liberação até lá, precisa de tempo hábil para viabilizar a ocorrência em outro local. Já em janeiro, ela e outros grupos artísticos entraram com protocolo na Prefeitura em busca desta autorização de uso.
Questionada sobre a possibilidade de utilização do teatro da Fundarte para estes eventos dos grupos artísticos do município, Débora explicou que o espaço equivale a menos da metade do Roberto Atayde Cardona e que a própria fundação costumava fazer uso dele em eventos de maior porte. Com um teatro só disponível, a instituição não tem disponibilidade de ceder seu espaço para outras apresentações.