“FAÇO questão de dizer que sou nascido em Montenegro e que sou montenegrino”
A Cidade das Artes teve seu nome representado por Zê Azemar, de 63 anos, nesta edição do The Voice+, programa exibido nas tardes de domingo, na Rede Globo. Embora não resida em Montenegro, Zê deixa claro que foi aqui que nasceu e que tem um carinho especial por esta terra. “Faço questão de dizer que sou nascido em Montenegro. Fui criado em Porto Alegre por força do ofício do meu pai. A consciência e carinho que tenho pela minha cidade de origem é verdadeira. Não tem por que eu não me considerar um montenegrino”, relata o artista.
Zê nasceu no Hospital Montenegro. Na época, o pai dele, o tenente Ataliba da Silva, era mestre da Banda da Brigada Militar da cidade. Antes de completar dois anos de vida o mais jovem dos cinco filhos do casal, Ataliba e Olga da Silva, foi levado para morar na Capital gaúcha. Contudo, os laços com Montenegro foram mantidos. “Voltei muitas vezes para visitar minha madrinha. Lembro de lugares como o rio, a Tanac, do Renner, onde meus irmãos mais velhos jogavam bola, as histórias que minha mãe contava em relação ao meu pai. Várias coisas me trazem boas lembranças de Montenegro”,diz Zê.
O artista relata ainda que há poucos anos se apresentou em um evento promovido na Sociedade Cultural Floresta Montenegrina. Para ele, manter relações e poder levar sua arte até seus conterrâneos é motivo de alegria. Sentimento esse que vem aumentando com a participação no reality show, pois através dele, todos puderam conferir o trabalho do artista.
Com 48 anos de carreira na música, o montenegrino conta que, para participar do programa, teve um “empurrão” da filha. “Minha filha Ana Paula me inscreveu sem que eu soubesse”, relata Zê. No último domingo, dia 27, Zê deixou o programa na fase do “Tira-Teima”, mas se considera vitorioso por ter sido selecionado para o The Voice+. “É difícil conseguir chegar ao programa, tu estar entre os selecionados já te permite dizer que ‘chegou lá’. Dou a minha missão como cumprida”, avalia.
O cantor fala ainda sobre a emoção de subir ao palco do programa. Em especial, ele relata o que sentiu na apresentação do dia 20 de fevereiro, quando emocionou a cantora Fafá de Belém. “Até agora não sei explicar por que fiquei nervoso. O The Voice+ se forma pela história de cada participante, talvez naquele momento tenha se passado um filme na minha cabeça”, procura justificar. A grande exposição gerada pelo programa também pode ter contribuído para o nervosismo na hora da apresentação, diz o músico. O que Zê não esperava era que aquela situação fosse dar frutos positivos. “O fato de ter me emocionado parece ter sido muito relevante. Muitas pessoas disseram que se emocionaram e vibraram ao assistir a apresentação”, comenta Zê.
As lágrimas de Fafá de Belém, no entanto, não foram suficientes para que o cantor optasse em compor o time da artista. Zê quis ficar na equipe de Carlinhos Brown. Antes de deixar o The Voice+, nesse domingo, Zê recebeu elogios de seu técnico. Brown destacou o crescimento do artista durante a apresentação.
