Solução. Lasier cobra da União investimento contra enchentes do Rio Caí
Na próxima terça-feira, dia 10, o senador Lasier Martins (PSD) deve se reunir novamente com o ministro-chefe da Secretaria Geral de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, para tratar da liberação de verba para o projeto que busca minimizar os efeitos das cheias do Rio Caí. O político solicitou a reabertura das conversas sobre o projeto em encontro ocorrido nesta terça-feira, dia 3, no Palácio do Planalto. O investimento federal necessário para a primeira etapa do plano é de aproximadamente R$ 7 milhões.
No ano passado, o projeto e obras de contenção ou amortização de cheias e inundações do Rio Caí até foi elencado entre as 17 emendas de bancada dos congressistas gaúchos, porém o projeto não foi apontado como impositivo. Isso significa que não há garantias de que a União irá liberar recursos para a execução do projeto e das obras de contenção.
Ainda no ano passado, o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) do Vale do Caí, Alzir Aluisio Bach, destacou que o andamento do projeto dependeria de movimentação política. Segundo ele, isso vem acontecendo através de deputados e senadores e também de lideranças regionais. “O Kadu (Carlos Eduardo Müller, prefeito de Montenegro) e o Clóvis (Duarte, prefeito de São Sebastião do Caí) estiveram em Brasília no final de fevereiro e o assunto foi tratado com o Lasier”, afirma.
O projeto tem como base estudo da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) realizado em 2015. No documento, chegou-se à conclusão de que entre as possibilidades para reduzir os efeitos das enchentes estavam a construção de barreiras, diques ou de um corta-rio. O estudo apresenta uma hierarquização das alternativas, levando em conta a viabilidade financeira, técnica, social e ambiental. Para Montenegro, a melhor opção seria a construção de um corta-rio associado a um dique de proteção.
Para Pareci Novo, a Metroplan apresenta como melhor alternativa a construção de um dique de proteção junto à área urbana. A mesma solução seria utilizada para minimizar os danos das cheias nas localidades de Matiel, Bananal e Várzea. Para São Sebastião do Caí, o documento aponta a construção de um dique de proteção contornando a cidade como a ação mais efetiva.
No que diz respeito à ERS-124, que frequentemente tem trecho bloqueado em razão das águas que invadem a pista, o estudo feito pela Metroplan aponta como solução a construção de um dique de proteção, mas sugere a avaliação junto ao Departamento Autônomo de Estadas de Rodagem (Daer) no sentido de estudar a possibilidade de elevação do greide da rodovia, que passaria a funcionar como um dique de proteção.