Vice-coordenadora de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Vale do Caí, a jovem montenegrina Brenda Ketlyn Kehl, 18 anos, está desde o dia 27, quarta-feira, em Brasília representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) nos 25 anos do Fórum Nacional da Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). Em conjunto com representantes de outras entidades e de outras partes do Brasil, ela participa da elaboração de planos de ação voltados para as realidades de cada região do País.
Brenda analisa que, sabendo-se da potencialidade da agricultura familiar na Região Sul do Brasil e baseando-se nos debates, diálogos e estatísticas apresentadas no evento, é possível perceber uma enorme fragilidade educacional no meio rural que se reflete no trabalho infantil na agricultura familiar. “A precarização de uma educação não somente no campo, mas do campo nos traz um impacto significativo para o trabalho infantil, ligado diretamente ao êxodo rural”, comenta.
A vice-coordenadora de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Vale do Caí considera que quando a criança sofre com a realidade do trabalho infantil na lavoura, ela acaba saindo do campo entendendo que terá à disposição mais recursos e políticas públicas na cidade. “Entende-se que a falta de assistência ao jovem do campo nos traz esses dois pontos cruciais (trabalho infantil na lavoura e êxodo rural) para uma desigualdade social”, reforça Brenda.
De acordo com a jovem montenegrina, os planos de ação ainda estão sendo elaborados e as datas para sua divulgação ainda não foram debatidas. “No entendimento da secretaria executiva do FNPETI, Isa Oliveira, os planos de ação devem ser bem trabalhados, para não se tornarem reais apenas no papel”, destaca Brenda. O Fórum Nacional da Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil iniciou na quinta-feira, dia 28, e encerrou-se na noite de sexta-feira, dia 29.
