Desde o início da última semana, equipes do 1º Centro de Geoinformação (1º CGEO) do Exército Brasileiro estão em Montenegro para realizar o levantamento cartográfico da região. O trabalho é realizado através de uma parceria com o Estado e irá englobar a chamada Região Funcional 1, que inclui os 20 municípios do Vale do Caí e outros 81 municípios, incluindo Porto Alegre e Caxias do Sul. O capitão Diogo Oliveira explica que está sendo realizada a coleta de pontos através de GPS para se fazer a auditoria do material que o governo do Estado pretende comprar de uma empresa que realiza sobrevoos e coleta imagens para se construir cartas topográficas.
Responsável pelas equipes que estão trabalhando na região, Oliveira explica que a medição é feita com um equipamento de GPS de alta precisão para se poder verificar a validade do posicionamento das imagens em questão. O capitão explica que a construção de uma carta topográfica é formada por uma série de etapas, mas que apenas duas delas exigem a ida a campo. A primeira delas é justamente na qual o 1º CGEO vem trabalhando, que é a verificação das imagens, e a segunda é a confirmação de algumas características de cada região, como nome de rios e morros e posição de estruturas, como escolas e postos de saúde.
Oliveira, que é engenheiro cartógrafo, explica que o mapeamento da região pode servir de base para futuros estudos de engenharia, como a construção de rodovias ou zoneamento urbano. “Mas isso são projetos posteriores que não cabem ao Exército”, observa. Além disso, o trabalho que está sendo realizado permitirá uma atualização dos mapas da região que, conforme o militar, são da década de 1980.
O capitão salienta que todos os membros de sua equipe trabalham fardados e utilizam para deslocamento caminhonetes brancas identificadas com o logo da 1º CGEO nas portas. “Havendo dúvidas, o morador pode questionar e pedir a identificação dos militares”, garante. Oliveira salienta que esta é uma área de trabalho do Exército Brasileiro que é pouco conhecida. Segundo o engenheiro, as equipes pelas quais é responsável continuarão a medição cartográfica da Região Funcional 1 até maio, retornando a campo em julho para executar a segunda parte do projeto, que trata da identificação de rios, ruas e estruturas e que necessita de um contato maior com a população local.