Escolas estaduais estão um mês sem serventes

Contrato não foi renovado, e nesta quarta-feira, nova empresa assumirá

Acúmulo de funções termina com as lixeiras das escolas cheias. Foto: Direção Escola Est. Adão Martini

As escolas da 2ª Coordenadoria de Educação (CRE), que abrange o Vale do Caí, estão desde fevereiro sem servidores para higienização. O Ibiá recebeu denúncia de equipes diretivas, confirmando que professores, coordenadores pedagógicos e merendeiras dividiram entre si a limpeza dos banheiros, sala de aula e demais espaços comuns. Após publicação do contrato no Diário Oficial do dia 09, a promessa é de as novas serventes se apresentarem nesta semana.

A diretora da Escola Adão Martini, na Vendinha, interior de Montenegro, Anne Priscila Nunes Maciel, relatou o repentino encerramento das atividades pela contratada Solução Gestão em Serviços Ltda. O Estado revelou que a empresa “está no Cadastro de Impedidos de Licitar e não estava executando o contrato na totalidade, portanto não foi renovado” a partir de 18 de março.

A vencedora do processo de contratação, em caráter emergencial de até 12 meses, é a empresa Lopes Service Clean Serviços de Limpeza Ltda. Através de sua assessoria, a Secretaria de Educação (Seduc) informou ao Ibiá que o contrato inicia nesta quarta-feira, dia 23. O custo mensal ao Estado é de R$ 658.728,00, com previsão de 137 serventes serem designados as escolas da 2ª CRE.

Cpers destaca concursados

O projeto Radar do Cpers Sindicato esteve no Vale do Caí, com ação na Escola Adão Martini. A diretora geral do 5° Núcleo do Sindicato, sede em Montenegro, Elisabete Pereira, salientou que há aprovados em concurso para o cargo de servente aguardando nomeação. Enquanto isso, o Governo do Estado contrata terceirizados, correndo risco de rompimento de contrato a qualquer momento, como aconteceu agora. Na entrevista, Elisabete ressaltou ainda a falta de professores na região.

Déficit de profissionais/ Radar Cpers

O levantamento feito entre 27 de fevereiro e 20 de março revela que, nas escolas estaduais, faltam ao menos 1.634 profissionais, entre docentes, funcionárias(os) e especialistas. A ausência desses trabalhadores)impacta diretamente a qualidade do ensino e sobrecarrega de quem permanecem em atividade:
-Falta de professoras (es): 660
-Falta de funcionárias (os): 544
-Falta de especialistas: 430

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