Turistas “ilhados” na Indonésia estão voltando

Os turistas gaúchos que estão “ilhados” na Indonésia começaram a retornar nesta sexta-feira, dia 27. O grupo de 24 pessoas, incluindo moradores de cidades do Vale do Caí, foi surpreendido pelo conflito Israel/ Irã, e o consequente fechamento do espaço aéreo pelo governo do Qatar, deixando em solo 126 voos da Qatar Airways. Essa foi uma medida de segunda necessária, todavia, a queixa pelo fato da empresa não ter dado assistência alguma aos brasileiros, que deveriam ter embarcado na terça-feira, 24.

O relato é do morador de Maratá, Miguel Haupenthal, diretor da agência de Reisenthal Turismo. Ele afirma que em casos de cancelamento de voo, independente de o motivo ser alheio à sua vontade, a companhia aérea tem que fornecer hospedagem, alimentação e transporte. “Simplesmente disseram não. Que cada um por si… tem que se virar”, descreveu.

A única orientação foi guardar as notas fiscais e depois mandar e-mail de reclamação, para endereço que um funcionário da Qatar escreveu numa folha e segurou no meio do saguão do aeroporto de Bali. Inclusive, a notícia do cancelamento foi passada no momento do embarque (foto ao lado).

Dormindo em três hotéis em cinco dias

Haupenthal descreveu como “via sacra” a busca por nova hospedagem na cidade de Denpasar, onde fica o aeroporto de Bali, após terem feito checking no hotel para viajar. Não bastasse a Indonésia ser destino turístico mundial da moda, sexta-feira foi feriado nacional, atraindo também indonésios à ilha. A jornada se encerra com o grupo dormindo em três hotéis diferente nos cinco 5 dias há mais no país asiático.

“Mas tudo isso foi custeado pelas pessoas. A gente pensa que a Catár é uma referência no mundo, mas foi uma decepção muito grande”, revela. Seis pessoas embarcaram na sexta, mais quatro neste sábado, 28, e os 14 restantes no domingo, 29, incluindo o marataense.

Comunicação da Qatar Airways, no momento do embarque, deixou a desejar, assim como o apoio que não existiu. Foto: Arquivo Pessoal

O agente de turismo fez contanto com a Embaixada do Brasil na capital Jacarta, que pediu as informações por e-mail, e não deu mais resposta. “Mais uma decepção!”, disse. Haupenthal observa que entre os cidadãos há pessoas com questões delicadas de saúde, que fazem uso de medicamentos que foram levados contados para os dias programados. O grupo embarcou no dia 9 deste mês, passando antes por Malásia e Singapura.

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