Rio Caí rasgou novo leito por dentro do município

TRISTE. No Centro e no Interior, moradores têm perdas ainda não mensuradas

A catástrofe climática que atinge o Rio Grande do Sul também flagelou de forma severa a pequena cidade de Pareci Novo. Cartões postais no Centro, a Praça Dos Imigrantes e a Rua Coberta ficaram abaixo de dois metros de água, que ao recuar deixou para trás uma lama fina e pegajosa. O nível ultrapassou o histórico Seminário Jesuíta, invadiu a Sociedade Cultural; Museu, Casa do Produtor Rural e o estádio municipal.

Catástrofe Climática no Rio Grande do Sul - maio de 2024 - Pareci Novo - maior enchente da história de Pareci - viveiro de Valdir da Silva - Comunidade Bananal
Força da correnteza com quase 3 metros de altura derrubou paredes e portas do galpão no Viveiro Pai e Filho, no Bananal

Nas ruas mais baixas da área flagelou a vida de dezenas de moradores, que perderam tudo que tinha dentro de casa ao serem surpreendidos pela altura e velocidade. Castigou, sobretudo, a Rua da Praia, comunidade onde os cidadãos se acostumaram em ter o Caí em seu quintal. Em um turbilhão à procura de espaço, o curso d’água lavou as localidades de Várzea, Despique, Matiel e Bananal. Nesta última, o rio desviou 10 km para fazer caminho provisório pelo Viveiro Pai e Filho, de Valdir da Silva.
(entrevista e imagens no Youtube de Jornal Ibiá abaixo)

Com 55 anos vividos no local, o agricultor não tinha visto nada parecido. A vazão com quase 3 metros derrubou a parede de alvenaria pré-moldado e arrancou as portas de um galpão; entortou postes de concreto; jogou pesados implementos agrícolas em cima de árvores; fez desaparecer viveiros e levou pela frente mudas e pomares com frutas quase maturadas. “Minha vontade era vender tudo e ir embora. Muitos anos de luta; e agora, quanto tempo vai levar para reerguer?”, reflete o produtor, que calcula R$ 250.000,00 em prejuízo.

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