Com a falta de chuvas na região, agrava-se o problema enfrentado pelo setor primário em Pareci Novo. Em 15 dias, passou de 10 para 20 o número de viveiristas que necessitam abastecer seus açudes com auxílio do Executivo. A Administração Municipal alugou um trator com tanque de um produtor local para auxiliar no serviço que já vinha sendo feito por um caminhão-pipa. No entanto, outro problema se apresenta: os locais onde ocorre a captação da água estão baixando de nível rapidamente. Além disso, há preocupação com a quebra na safra dos citricultores.
O secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Pareci Novo, Fábio Schneider, relatou que há pomares de citros morrendo. “A produção de citros já comprometeu e pode até comprometer a floração do próximo ano”, analisou. Segundo Fábio, a situação é mais crítica nas localidades de Porto Maratá, Vila Progresso, Bananal, Centro e Várzea.
O secretário diz que ainda não é possível calcular os prejuízos, mas estima que alguns produtores podem perder até 50% da safra se a estiagem se prolongar. Após passar por propriedades, Fábio lamentou o que viu. “Eram pomares bem adubados, bem cuidados, verdes e bonitos. Agora, eles estão amarelando, se entregando”.
Em razão da estiagem, o prefeito Paulo Alexandre Barth decretou situação de emergência já no dia 6 de março. Inclusive, os poços artesianos que abastecem a cidade não estão dando conta da demanda e, por isso, a Prefeitura está adquirindo água potável, que é despejada diretamente nas caixas d’água.