Marataense participa da Febrace com projeto sobre a carreira diplomática

Trabalho foi desenvolvido no Colégio Paulo Chaves no ano passado

O jovem marataense Aderson Guilherme Camillo, de 17 anos, continua se destacando em sua trajetória científica. Ex-aluno do Colégio Estadual Engenheiro Paulo Chaves, Aderson já acumula medalhas e premiações em feiras municipais, regionais e estaduais. Na última semana, ele teve a oportunidade de levar seu trabalho à Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), em São Paulo, um dos maiores eventos de ciência e inovação do país, onde apresentou o projeto Diplomatizando: Mitigando as Desigualdades Sociais na Carreira Diplomática Brasileira.

Acompanhado pela professora Luana Rech Kerber, Aderson apresentou um projeto que propõe uma análise sobre os fatores que afastam os jovens da carreira diplomática no Brasil. A pesquisa busca entender como é possível estimular o interesse dos jovens por uma carreira tão estratégica para o país, levando em consideração as desigualdades sociais e o acesso a informações sobre essa área. O projeto foi desenvolvido com o apoio do professor Ricardo Lermen e do coorientador Luís Carlos Lottermann, que ajudaram Aderson a estruturar a pesquisa e a apresentar soluções para esse desafio.

A Febrace, que reúne jovens pesquisadores de todo o Brasil, foi uma experiência de imersão científica e intelectual para Aderson. “Conquistei muito conhecimento, fiz várias amizades. Foi divertido e diferente do que estava acostumado. Creio que amadureci bastante minha percepção e meu entendimento sobre feiras. Participar da FEBRACE é para poucos, e pude compreender muito melhor o mundo científico”, compartilhou o jovem, revelando a importância do evento.

Embora não tenha sido premiado na edição deste ano, o trabalho de Aderson recebeu elogios significativos dos avaliadores. “Uma avaliadora disse que o projeto era nota 10, outro comentou que estava bem organizado, e um terceiro destacou a inovação e a importância da temática proposta”, contou Aderson, orgulhoso do reconhecimento. Para ele, o mais importante foi a oportunidade de aprender e crescer com a experiência. Além do aprendizado científico, Aderson teve a oportunidade de conversar com Richard Glenn, diplomata e cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, uma experiência que ampliou ainda mais sua visão sobre a carreira diplomática e os desafios enfrentados por aqueles que atuam nesse campo.

O impacto positivo da Feira

A professora Luana Rech Kerber, que acompanhou Aderson durante o evento, enfatiza sua dedicação. “Aderson sempre foi um estudante exemplar, desde o ensino fundamental até a conclusão do ensino médio no ano passado. Seu trabalho foi desenvolvido no ano anterior, e o empenho dele é visível em cada etapa do processo. Ele está trilhando um caminho brilhante”.

Luana também compartilhou o impacto que a experiência teve para ela. “Foi uma experiência incrível, de muita aprendizagem para mim, que atuo diretamente na iniciação científica nas escolas, e este ano, com os alunos em sala de aula. Adoro essa troca de experiências que ocorrem nessas feiras Brasil afora”, destaca.

Segundo a professora, o evento foi uma oportunidade única para Aderson e para ela. “Aderson representou muito bem o colégio e o município de Maratá, sendo elogiado por todos os que assistiram ao trabalho dele. Ele se destacou porque era o único projeto com o tema ‘diplomacia’, e isso chamava ainda mais a atenção por ser de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, onde a maioria dos jovens que aspiram à carreira diplomática vêm de grandes centros urbanos”, conta.

Ela ainda comentou sobre o impacto que o trabalho de Aderson causou em outros participantes. “Escolas de São Paulo e do Paraná, que levaram seus alunos para visitar a Feira, também demonstraram muito interesse em conhecer o tema diplomacia, já que muitos nem sabiam do que se tratava. Esse tipo de evento mostra a força e a importância do conhecimento que nossos alunos podem trazer, mesmo sendo de pequenas cidades”, conclui a professora.

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