FESTA teve 729 laçadores, 250 acampamentos e cerca de 9.000 visitantes
Ao encerrar no domingo, dia 13, o 28º Rodeio Crioulo de Brochier se consolidava como o maior evento do gênero na região. As inscrições à competição de Tiro de Laço somaram 130 equipes de cinco lançadores (650) mais 79 prendas que disputaram em categoria separada. Este considera a participação do tradicionalista em outras modalidades, como Laço Senhor, Veterano, Pai e Filho e Laço Irmãos.
Outros números confirmados são 250 acampamentos no Parque da Expofesta, nos quais havia entre 10 e 20 pessoas, criando uma comunidade de 3.750 gaúchos. Por fim, entre 2.500 e 3.000 visitantes passaram por dia; o que representa até 6.000 pessoas reunidas por dia, em especial no fim de semana. “No Vale do Caí, pelos meus cálculos, somos o maior rodeio”, declarou Augusto Neis, um dos organizadores da edição 2025.
Pelas vielas do acampamento circulavam prendas e peões, a pé ou a cavalo, e eram frequentes adolescentes e crianças cavalgando, sozinhas ou na garupa dos pais e das mães. Nos piquetes, o fogo de chão não deixava de abrasar o típico churrasco, e cada um tinha sua trilha sonora. Inclusive com música ao vivo, como no piquete dos amigos Cristiano Schumacher e Guilherme Kuntz, que recebeu em torno de 150 convidados.
O espaço acolhedor serviu inclusive para a celebração dos 39 anos de Luana Samara Schmidt, que veio de Santa Maria. Sua ligação com Brochier é através do esposo, Márcio dos Santos, 43, neto do brochiense Pedro Vitório dos Santos, o “Schwatz Pedro”. O destino ainda lhe colocou como colega de trabalho de Schumacher em Santa Maria, uma amizade que se estende a esposa Marriete Marques, vereadora de Brochier.
Inclusive este foi o primeiro rodeio que Luana esteve, tendo sido cativada pelo clima e amizade, e surpreendida pelas mulheres laçadoras. “Achei que o rodeio era coisa só de homem”, declarou. Certamente, ela saiu de Brochier ainda mais convicta e motivada para as ações de Liderança Feminina que organiza na empresa.
Rodeio também é coisa de amigo
O parque virou uma cidade de lona e galpões de pau-a-pique, recebendo tradicionalistas de todo o Sul do Brasil. Um destes foi construído em dois finais de semana, com direito a luz de balada, para reunir mais de 20 amigos de Brochier e Maratá, com destaque para as 10 mulheres cavalarianas no grupo. De Bom Princípio veio a turma do “recanto do garnizé”, onde toda atenção era à ovelha na brasa. O assador Jaiel Hünnig colocou peça nas brasas às 10h30 para ser servida às 19 horas. “Vai assando bem devagarzinho”, explicou.
Pela presença dos jovens e crianças, há certeza que o Tradicionalismo tem vida longa. Exemplo do peão Iago Lenhart de Souza, que aos 6 anos conduzia com destreza o cavalo Gatiado em meio ao público. Segundo a mãe, Janice de Souza, o menino sempre esteve no lombo de cavalos, levado pelo pai Daniel e pela irmã Carolini, 10, e há um ano começou a galopar sozinho.
