LED’s, incandescentes, fluorescentes ou halógenas. Para muitos, apenas diversos tipos de lâmpadas que não dizem nada. Mas você sabe as características de cada uma delas? Será que o preço para adquirir compensa o gasto da conta ao final do mês? A vida útil também pode não ser a mais adequada para o ambiente. Afinal, existe mesmo a mais econômica? Quando escolhidas com atenção, as lâmpadas significam muito mais que redução de gastos, mas também um cuidado especial com o meio ambiente.
Adriano José Bombardieri, coordenador dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Controle e Automação da Unisc, explica que as lâmpadas de filamento são velhas conhecidas principalmente pelo calor que emitem: as incandescentes e as halógenas. Como a função das lâmpadas é iluminar, quando elas geram calor estão desperdiçando energia e prejudicando o meio ambiente. “No caso das incandescentes a perda de energia sob a forma de calor pode refletir 95% da energia consumida pela lâmpada, por esse motivo ela está em desuso, sendo inclusive proibitiva sua comercialização em certas faixas de potência”, ressalta. Outro ponto negativo é que esse tipo de lâmpada gera gás carbônico, que é prejudicial à camada de ozônio. Quanto às halógenas, um ponto que pode ser malefício é o fato de a maioria dos modelos precisarem de um transformador para funcionamento.
O coordenador ainda relembra que no Brasil foram realizadas campanhas para substituição das lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas. “Estas podem ser encontradas com perdas de energia sob a forma de calor em torno de 30% da energia consumida pela lâmpada, isso representou uma diferença significativa, além da durabilidade da lâmpada fluorescente compacta ser de até 10 vezes a de uma lâmpada incandescente”, afirma. Assim, a vida útil de uma lâmpada incandesce pode ser de apenas 750 horas, enquanto uma lâmpada fluorescente compacta pode ter vida útil de 8 mil horas.
As fluorescentes compactas são caracterizadas como lâmpadas de descarga de vapor de mercúrio em baixa pressão. “Outras lâmpadas deste tipo são amplamente utilizadas na iluminação pública, em sua grande maioria lâmpadas de vapor de sódio, com aquela cor praticamente monocromática e amarelada”, diz.
Porém, por ter a reprodução da cor forte típica das lâmpadas fluorescentes, pode conter materiais como o trifósforo, retirado de terras raras, ou o halofosfato, que são extremamente tóxicos ao meio ambiente. Por isso, quando descartadas de maneira incorreta geram prejuízos ao sol, água, ar e consequentemente até para a saúde humana.
Contudo, Adriano lembra que a tecnologia em iluminação está em constante evolução, citando a popularização das lâmpadas LED. “Já são identificadas qualidades técnicas significativas nessa nova tecnologia em comparação com as lâmpadas fluorescentes”, pontua. As LED’s podem ter vida útil de 25 mil horas e perdas de energia sob a forma de calor de apenas 5%. Outro ponto muito importante é sua estrutura 95% reciclável, sendo a mais ecológica e com menor impacto na natureza, porém, o que ainda dificulta a popularização dessas lâmpadas e é um ponto negativo é o alto valor para compra.
Existem diversos tipos diferentes de lâmpadas de descarga, tanto de baixa, quanto de alta pressão, com variações de sua composição química para formação de vapor, o que gera diferentes cores nesses emissores de luz. “Já as lâmpadas LED, quando utilizadas na iluminação pública, são projetadas para iluminar em um espectro de luz mais amplo, sendo perceptível a cor clara e muito mais adequada para a distinção das demais cores, como das sinalizações de trânsito”, afirma. Ele argumenta que a redução do impacto ambiental, quando localmente verificado, é nitidamente mensurado quando se acompanha a evolução das tecnologias em iluminação. Mas, lembre-se: é importante destacar também que o descarte adequado dos resíduos é parte deste processo.
Quando for verificar as opções de mercado para compra, Adriano dá uma dica de ouro quanto as LED’s. “Quando comparadas duas lâmpadas de mesma potência e temperatura de cor, prefira a que oferecer mais lumens/watt, pois assim ela vai iluminar mais gastando menos”, ressalta. Outros aspectos que poderiam ser explorados são o Índice de Reprodução de Cor, Fator de Potência e Média de Acionamentos Diários, por exemplo.