Polícia chinesa detém 18 membros de culto religioso

As autoridades chinesas prenderam recentemente 18 membros do grupo religioso Luz Oriental, também conhecido como Igreja de Deus Todo-Poderoso, depois de este ser banido por homicídio, ataques ideológicos ao Governo e outras acusações jurídicas.

A seita ficou conhecida em 2014, depois que alguns membros espancaram uma mulher até a morte. O assassinato ocorreu quando eles tentavam recrutar a vítima, de 35 anos, em uma filial do McDonald’s, na cidade de Zhaoyuan. Ela se recusou a dar o número de telefone e foi agredida com cadeiras e cabos de esfregão até a morte. Em julgamento, o grupo disse acreditar que ela estava “possuída por um espírito maligno”.

Além de efetuar as recentes prisões, a polícia também confiscou computadores e livros usados pelo culto para recrutamento. As autoridades reprimem a seita com frequência e já prendeu diversos integrantes do grupo ao longo dos anos.

Após o crime de 2014, vários membros foram detidos e dois condenados à morte, sendo executados na sequência. Mas a repressão das autoridades chinesas ao culto começou antes do crime.

Em 2012, foram efetuadas diversas prisões, onde cerca de 100 membros do grupo foram condenados. Em agosto de 2016, 36 membros foram detidos em Anhui, acusados de produzir e divulgar conteúdo audiovisual para o culto.

Saiba mais
A Igreja do Deus Todo-Poderoso, foi criada na década de 1990 e acredita que Jesus ressuscitou como uma mulher na China para trazer o apocalipse. A única pessoa que afirma ter contato direto com essa mulher é uma ex-professora de física, Zhao Weishan, que fundou o culto há 25 anos e fugiu para os Estados Unidos.

O culto também é declaradamente anticomunista, referindo-se ao partido comunista da China como o “dragão vermelho”. E é acusado de isolar seus membros da família e amigos, pressionando-os a doar dinheiro em troca da salvação.

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