Teste rápido é indicado a quem não fez sexo seguro

Serviço gratuito. Se você manteve relações sem proteção, a Secretaria da Saúde orienta procurar pronto atendimento

Montenegro figura entre os 10 municípios do Estado com maior índice de dispersão de HIV. Dados do Ministério da Saúde apontam que a resistência do gaúcho quanto ao uso da camisinha é um dos fatores que mais contribui para a propagação da das doenças sexualmente transmissíveis. “Existe a falsa crença de que se conhece bem as parceiras, por ser da mesma comunidade”, acrescenta a assistente social da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) Ana Paula Martins. A cidade se prepara para conter o avanço da doença com palestras em escolas, adoção de protocolos de saúde e a realização de exames, de acordo com o diretor da SMS, Luis Azeredo. Um deles é o teste rápido de HIV, diagnóstico realizado através da coleta de uma gota de sangue do dedo. O resultado sai em 20 a 30 minutos. O procedimento é feito por agendamento na rede básica de saúde, mediante um aconselhamento pré e pós-teste pelas enfermeiras dos postos. Nos casos positivos, a pessoa é encaminhada para atendimento pela equipe técnica do programa DST/Aids. Por mês, são realizados de 150 a 200 testes rápidos pelo sistema de saúde municipal.

teste rápido
teste rápido de HIV é aplicado na rede municipal de saúde

A recomendação é esperar mais 30 dias após a primeira coleta e fazer o teste novamente. “Nossa orientação é de que se pessoa manteve relação sexual desprotegida procure o serviço de pronto atendimento o mais rápido possível”, aponta a coordenadora de DST/AIDS, Helena Maichrzak.

Para outras DST’s, como a Sífilis e as hepatites virais, também são feitas testagens rápidas. “A Sífilis preocupa, pois está associada à mortalidade infantil e à morte fetal, por isso fizemos um protocolo de saúde e já reduzimos esse tipo de mortalidade em Montenegro”, aponta Helena.

Também se verifica na cidade que os portadores de HIV estão se cuidando mais, com adesão total ao tratamento. Além disso, os casais homoafetivos já procuram mais pelo serviço de aconselhamento. “Antes era um casal por ano. Hoje, pelo menos um casal homoafetivo por mês busca por atendimento”, destaca Ana Paula Martins.

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