Material oferece orientações sobre a alimentação de crianças menores de dois anos e pode ser acessado na internet
Até o dia 25 de agosto, está aberta, no portal do Ministério da Saúde, uma consulta pública para as atualizações do “Guia Alimentar para Crianças Menores de dois anos”. Podendo ser acessada por qualquer cidadão, a iniciativa permite que sejam feitas sugestões ao documento que, criado originalmente em 2002, traz recomendações sobre a correta alimentação dos pequenos, em promoção à saúde, ao crescimento e ao desenvolvimento.
“Amamentar até que idade? Quando começar a dar alimentos? Que alimentos posso oferecer ao bebê?” são algumas das perguntas respondidas no material que estará sendo atualizado, conforme avançam as pesquisas e os conhecimentos sobre o tema. A última edição é de 2005.
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“Já estava mais do que na hora de realizar uma boa revisão, pois, de lá para cá, o perfil alimentar em geral sofreu modificações, principalmente em função da enxurrada de produtos industrializados que são jogados no mercado todos os anos”, opina a nutricionista montenegrina Denise Garateguy. “O Guia é extremamente importante, pois ele tem o papel de orientar a população em geral sobre como deve ser a alimentação desta faixa etária.”
A profissional frisa que é imprescindível que as pessoas tomem conhecimento da existência do documento, que também está disponível online, para que o processo de educação nutricional e alimentar tenha início desde cedo. “Quando há educação alimentar desde a infância, é raro que precisemos reeducar hábitos na fase adulta. Normalmente, fazemos pequenos ajustes apenas”, salienta.
Um dos atrativos do Guia do governo é que as orientações são dadas em uma linguagem simples e acessível. Dentre os temas trazidos, está, por exemplo, os “Dez passos para uma alimentação saudável”, que tratam de diferentes tipos de alimentos e a correta forma de uso. Quem quiser participar da Consulta Popular pode acessar o site do Ministério. São solicitados alguns dados pessoais e as sugestões precisam ser devidamente embasadas.
A nova atualização também deve subsidiar ações de educação alimentar e nutricional em âmbito individual e coletivo no SUS e em outros setores. “É essa a perspectiva. Apresentar as informações necessárias para incentivar, apoiar, proteger e promover a saúde e a segurança alimentar e nutricional da população menor de dois anos”, colocou o Ministério, em nota.
Uma das sessões do Guia oferece os “Dez passos para uma alimentação saudável”. Confira:
PASSO 1 – Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento;
PASSO 2 – A partir dos seis meses, oferecer, de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais;
PASSO 3 – A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno; e cinco vezes ao dia se estiver desmamada;
PASSO 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança;
PASSO 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família;
PASSO 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida;
PASSO 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições;
PASSO 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
