RS registra 811 transplantes no primeiro semestre de 2017

Pode parecer pouco. Mas a informação de que, durante o primeiro semestre desse ano, o Rio Grande do Sul registrou 144 doadores efetivos de órgãos representa um acréscimo de 1,4% nos números do mesmo período do ano passado. Aliás, o estado teve o maior número de doadores de órgãos da sua história em um primeiro semestre. Com o aumento no número de doadores, foram realizados 811 transplantes no primeiro semestre deste ano no Rio Grande do Sul. Se o ritmo for mantido até o fim do ano, o estado deve realizar 1.622 transplantes.

Mesmo assim, o Ministério da Saúde continua alertando para o alto índice de recusas: 43% das famílias de todo o Brasil ainda dizem não e muitas vidas deixam de ser salvas. A campanha “Família, quem você ama pode salvar vidas” do governo federal, busca sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos e de avisar a todos sobre o seu sim, fundamental para que o procedimento ocorra.

“A área de transplantes é muito sensível e estamos comemorando recordes, tanto em número de transplantes quanto em número de doadores. A campanha visa sensibilizar que cada vez mais famílias autorizem a doação de órgãos de seus entes queridos que faleceram, dando uma nova oportunidade de viver para outras pessoas”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

No cenário nacional
O Brasil bateu um novo recorde. Com o aumento no número de doadores, foram realizados 12.086 transplantes no primeiro semestre deste ano. Se o ritmo for mantido até o fim do ano, o Brasil deve registrar um crescimento de 27% nos transplantes entre 2010 e 2017, ultrapassando 26,7 mil cirurgias – o que seria o maior número anual. Em relação a doadores, o índice de crescimento pode chegar na casa dos 75,3% em relação a 2010.

Entre os transplantes que mais comuns destacam-se os de córnea, rim, fígado, coração e pulmão. Os transplantes de fígado tiveram aumento de 12,3% neste ano em comparação ao primeiro semestre do ano passado, com total de 2.928 cirurgias. Rim registrou aumento 9,7%, chegando a marca de 2.928 cirurgias; seguido de córnea, 7.865 cirurgias, aumento de 7,2%. Coração, um dos mais complexos e que exige muita rapidez em todo o processo, também registrou crescimento: de 4,2%, chegando a 172 cirurgias.

Quais órgãos podem ser doados?
Doador falecido: Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.
Doador vivo: um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea.

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