Previna as Hepatites Virais

Julho Amarelo alerta para doenças que podem ter consequências graves

Este domingo, 28 de julho, é o Dia Mundial dedicado à conscientização sobre as hepatites virais, doenças que afetam o fígado e podem ter consequências graves. As hepatites podem se manifestar de forma aguda ou crônica, dependendo do tempo de duração da infecção.

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações graves. Exames de sangue específicos podem identificar a presença do vírus, mesmo em casos assintomáticos. Dados do Ministério da Saúde indicam que entre 2000 e 2021 foram confirmados 718.651 casos de hepatites virais no Brasil, com a hepatite C sendo a mais letal.

Tipos de Hepatite
Hepatite A: geralmente associada a condições precárias de saneamento básico, a hepatite A é transmitida por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados e, menos frequentemente, por via sexual. A prevenção inclui boas práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente, higienizar alimentos e evitar o consumo de água de qualidade duvidosa. Embora seja frequentemente benigna, pode ser mais grave em adultos e pessoas com imunidade comprometida.

Hepatite B: transmitida pelo contato com sangue ou fluidos corporais infectados, a hepatite B é uma das formas mais preocupantes, pois pode evoluir para uma condição crônica, aumentando o risco de cirrose e câncer de fígado. A vacinação é a principal medida preventiva, complementada pelo uso de preservativos e a não utilização compartilhada de itens pessoais como lâminas de barbear e seringas.

Hepatite C: similar à hepatite B na forma de transmissão, a hepatite C é notoriamente silenciosa em seus estágios iniciais, com muitos casos passando despercebidos. A Dra. Maria Beatriz de Oliveira, hepatologista do Hospital viValle, destaca que pessoas acima de 40 anos, que passaram por procedimentos médicos invasivos sem devidos cuidados de biossegurança, ou que têm condições como diabetes ou hipertensão, estão em maior risco. A prevenção inclui práticas semelhantes às da hepatite B e a realização de exames sorológicos, especialmente em grupos de risco.

Hepatite D: depende da presença do vírus da hepatite B para infectar, tornando a vacinação contra o tipo B uma proteção efetiva. A transmissão ocorre pelo contato com sangue e fluidos corporais infectados, sendo o uso de preservativos e a não partilha de objetos pessoais medidas essenciais de prevenção.

Hepatite E: predominantemente transmitida por via oral-fecal, assim como a hepatite A, a hepatite E é mais comum em áreas com condições sanitárias deficientes. Embora geralmente cause infecções leves, pode ser grave em gestantes, levando a complicações como insuficiência hepática.

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