Os desafios diários de quem escolhe a medicina

Hoje é comemorado o Dia do Médico, profissional que se dedica a salvar vidas, empenhado em cuidar da população

Hoje, 18, é comemorado o Dia do Médico, e, ao exercício da Medicina confere-se principalmente o dom de salvar vidas e curar doenças. Médicos, contudo, são pessoas que estão constantemente ultrapassando suas competências, visando sempre o bem-estar do próximo. São anos de estudos e qualificações pós-formação para melhor atender àqueles que os solicitam. E a profissão médica, tanto quanto outras, tem enfrentamentos e obstáculos.
Lidar com a frustração frente às doenças,  a tristeza ao não conseguir tratar uma patologia incurável e o esforço em tentar ir além de onde se pode, faz do médico, antes de profissional, humanitário.

De acordo com o médico presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Neubarth Trindade há, sim, adversidades que precisam ser enfrentadas constantemente por quem escolhe o ofício. “Como a profissão alcançou um desenvolvimento tecnológico “x”, um dos maiores desafios é de que muitas vezes não há essa modernização disponível em todos os locais de atuação. E essa ausência de disponibilidade de tecnologia adequada acaba exigindo do médico um esforço excepcional. Tudo para oferecer o melhor tratamento ao paciente. Nem sempre trabalhamos nas melhores condições, mas temos aquela angústia pessoal de tentar proporcionar sempre o melhor”, destaca.

Em contrapartida às dificuldades, a maior retribuição em ser médico, de acordo com Eduardo, é poder salvar vidas. “Sentir a gratidão do paciente por ter feito o seu melhor. E em ter como resultado poder devolver um pai à sua família, salvar a vida de um filho, ou dar algum tipo de conforto às pessoas”, pontua.

No Estado, Trindade destaca que há um grande contingente de profissionais da área que se igualam aos de qualquer lugar do mundo. “Toda a população pode contar com nós, médicos. Somos parceiros, buscando qualidade de vida e saúde à população”, conclui.

“A medicina é uma profissão que tem algumas características peculiares. Ela envolve ciência, tecnologia e, principalmente, o relacionamento com as pessoas”, destaca o médico Everton Bochi

Everton Bochi destaca o cuidado ao tratar dos pacientes
“A medicina é uma profissão que tem algumas características peculiares. Ela envolve ciência, tecnologia e, principalmente, o relacionamento com as pessoas. E essa é uma característica que precisa ser muito bem desenvolvida. E é preciso habilidade para levar tudo simultaneamente, diferente de outras profissões em que é possível se dedicar a uma e outra área. Na medicina, na maioria de especialidades, esse conjunto de coisas anda junto” destaca o presidente da Unimed Vale do Caí, o médico Everton Bochi.

Formado há 20 anos em medicina, ele afirma que se sente realizado. “Foi naquela época de vestibular, em que é preciso optar por qual área seguir, que escolhi. Geralmente se escolhe a profissão em uma época que se conhece muito pouco sobre ela e sobre a vida. É preciso um pouco de lucidez e sorte, eu diria, para poder acertar. E para quem pensa estudar, reafirmo que será preciso atuar em diversas áreas simultaneamente”, salienta.
O presidente da Unimed destaca que mesmo com toda a tecnologia disponível na área e conhecimento adquirido pelo profissional, é importante sempre lembrar-se de que na sua frente há um paciente.

“E ele quer ser ouvido. Hoje eu vejo que a grande diferenciação do médico, ao contrário do que se imaginava, que seria simplesmente técnica, está sendo a parte de tratar com as pessoas. E o paciente não deve esquecer que o médico também é uma pessoa. E que muitas vezes são exigidas coisas que não são alcançáveis, mesmo que se tenha o conhecimento médico”, conclui.

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