“Tenho um nódulo na terioide. E agora?” Esse é o tema alusivo ao Dia Internacional da Tereoide, que transcorre no próximo dia 25. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) aproveita a data para alertar a população sobre a ocorrência do câncer na glândula e a importância de iniciar o tratamento necessário rapidamente.
A data é marcada por uma semana – de 19 a 25 de maio – de campanha nacional com divulgação, por especialistas e entidades representativas, visando a esclarecer dúvidas da população.
Conforme dados divulgados pela SBEM, aproximadamente 10% da população adulta têm nódulos tireoideanos, mas cerca de 90 a 95% são benignos. A incidência do câncer de tireoide aumentou na última década, mas a mortalidade diminuiu.
Embora a maioria seja benigno, é importante o exame e acompanhamento com o médico especialista para descartar a malignidade. Atualmente a incidência de câncer não ultrapassa 24 casos para 100 mil habitantes, mas vale lembrar que a frequência vem aumentando. O câncer de tireóide é a 5ª neoplasia maligna mais frequente em mulheres e 17º mais prevalente nos homens.
“A campanha deste ano chama atenção das pessoas para que aprendam a fazer o autoexame e, caso percebam alterações, consultem um endocrinologista, que é o especialista em condições relacionadas aos hormônios, para o diagnóstico e tratamento”, afirma o endocrinologista Cleo Otaviano Mesa Junior, que integra a diretoria da SBEM-PR.
O que é a tireoide?
Localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão, a tireoide é uma glândula que age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Ela interfere também no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação do ciclo menstrual, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. Qualquer alteração em seu funcionamento pode, portanto, provocar um desequilíbrio no organismo.
autoexame
e Segure o espelho e procure no pescoço a região logo abaixo do “pomo-de-adão” ou, como é popularmente conhecido, gogó. Ali está a sua glândula tireoide.
e Incline o pescoço para trás, para que a região fique mais exposta.
e Beba um pouco de água.
e O ato de engolir fará com que a tireoide suba e desça. Não confunda a tireoide com o “pomo-de-adão”.
e Observe se existe algum caroço ou saliência. Se observar alguma alteração procure um endocrinologista. Ele é o profissional especializado sobre o assunto.
e O autoexame da tireoide pode ser útil na identificação de nódulos, mas é importante procurar um endocrinologista para o diagnóstico e tratamento adequados. O diagnóstico precoce do câncer de tireoide aumenta as chances de sucesso do tratamento.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Tipos de Câncer de Tireoide
Carcinoma papilifero – É o mais comum, representa de 75% a 90% dos casos. Pode aparecer em pacientes de qualquer idade, mas é mais frequente entre 30 e 50 anos. Estima-se que 1 a cada 1000 pessoas tem ou já teve este tipo de câncer. A taxa de cura é alta, chegando a quase 100%.
Carcinoma folicular – Costuma ocorrer em indivíduos com mais de 40 anos, e representa de 5 a 10% dos casos. É mais agressivo do que o papilífero. Em dois terços dos casos, não têm tendência à disseminação. Um tipo de carcinoma folicular mais agressivo é o hurthle, que atinge pessoas com mais de 60 anos.
Carcinoma medular – Representa de 3% a 5% dos casos. Afeta as células parafoliculares, responsáveis pela produção da calcitonia, hormônio que contribui na regulação do nível sanguíneo de cálcio. É de difícil tratamento e, usualmente, se apresenta de moderado a muito agressivo.
Carcinoma anaplásico ou inmedular – Extremamente raro, 1% dos casos. Contudo, é do tipo mais agressivo e tem o tratamento mais difícil. É responsável por dois terços dos óbitos de câncer da tireoide.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia