O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira, 26, o primeiro caso de um brasileiro infectado pelo novo coronavírus (Covid-19). Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ao retornar da viagem, na sexta-feira, 21, ele apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza). Há vinte casos suspeitos da doença no país, nenhum deles no Rio Grande do Sul. Cinquenta e nove casos suspeitos já foram analisados e descartados.
O brasileiro infectado foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na segunda-feira, 24, e submetido a exames clínicos que apontaram a suspeita de infecção pelo vírus. Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova. “Agora é que vamos ver como este vírus vai se comportar em um país tropical, durante o verão”, disse hoje o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Em nota, o hospital afirma que o paciente encontra-se em bom estado clínico e sem necessidade de internação, permanecendo em isolamento respiratório domiciliar pelos próximos 14 dias. “A equipe médica segue monitorando-o ativamente, assim como as pessoas que tiveram contato próximo com ele”, informou o Albert Einstein. No mundo, já foram registrados mais de 80,2 mil casos do coronavírus em 34 países. Foram registradas 2,7 mil mortes causadas pela doença, sendo que os casos mais graves são aqueles que afetam pessoas com mais de 60 anos.
Sem roda de chimarrão
Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 26, pelo Ministério da saúde, o chefe da pasta, Luiz Henrique Mandetta, falou diretamente aos gaúchos. Além de dar orientações gerais com cobrir a boca ao tossir e higienizar as mãos com frequência, ele sugeriu que os gaúchos “deem um tempo na roda de chimarrão”.
A razão é a mesma da que indica não dividir copos ou talheres. É que a doença é transmitida a partir de gotículas que saem da boca das pessoas contaminadas e, com a bomba do chimarrão passando de mão em mão, há risco de transmissão do coronavírus ou de outras doenças.