Amamentar é bom para mãe e bebê

De 1 a 7 de agosto é celebrada a Semana Mundial da Amamentação. Período em que autoridades médicas reforçam a importância do aleitamento para a saúde de mães e bebês. A pediatra Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere, explica que o aleitamento materno deve ser livre demanda, ou seja, feito sempre que o bebê tiver fome. A ideia de regrar a alimentação desde muito cedo é, na realidade, algo ligado a insegurança das mães e pode atrapalhar.

A pediatra ressalta que com aleitamento materno não pode, nem deve existir uma preocupação em relação à quantidade de vezes oferecidas. “Amamentar de três em três horas é apenas uma média de ingestão de alimento. Quando a criança chora, você pode dar de mamar”, diz a pediatra, que atua no Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo.

De acordo com a médica, nem sempre o bebê chora por fome. “Tirando todos os desconfortos, como dores, temperatura, posição, se mesmo assim continuar chorando, a mãe deve amamentar”, afirma. Mas alerta para que esse processo seja feito apenas quando o alimento for exclusivamente o leite materno. Alimentar com complemento ou leite artificial não deve ser livre demanda.

A importância da amamentação é enfatizada pela pediatra, pois fortalece a relação entre mãe e filho e traz grandes benefícios à saúde de ambos. “A mãe volta ao peso de antes da gravidez mais rapidamente e a criança controla o peso. Já os bebês amamentados com mamadeiras tendem a ser mais obesos do que os alimentados com leite natural”, complementa a médica.

Outro ponto importante neste processo é a qualidade do leite. “Por mais que os artificiais sejam modificados para imitar o alimento materno, o leite natural é específico, com todas as vantagens possíveis, como a passagem de anticorpos à criança”, reforça a pediatra.

Benefícios também às mulheres
A amamentação é fundamental para todos os recém-nascidos, mas, também, muito benéfica à mulher. A pediatra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Danielli Serra comenta que o nascimento da criança pode gerar da mãe uma turbulência de sensações e sentimentos e que o ato de aleitar ao bebê colabora para que esse período de transição que é os primeiros dias do bebê nos braços da mãe, ocorra de forma mais tranquila. “O nascimento da criança pode gerar na mãe uma turbulência de sensações e sentimentos”, diz a pediatra. Veja alguns benefícios listados pela médica:

– Vínculo: a sucção do leite é muito importante. Ela estimula a produção da ocitocina, hormônio que leva a contração uterina e com isso o menor risco de sangramentos e, consequentemente, ao menor risco de anemia materna, ajudando também a volta do útero para o tamanho normal. Além disso, ele é conhecido como hormônio do amor porque diminui a ansiedade, relaxa, acalma e faz com que a ligação entre a mãe e o bebê se fortaleça.

– Saúde e estética: há estudos em que comprovam que o risco das mulheres desenvolverem diabetes após a gestação diminui quando estão amamentando, pois isso restaura a tolerância do corpo a insulina. A amamentação consome calorias, o que também ajuda na perda de peso.

– Bom para memória: pesquisas também dizem que a amamentação reduz a probabilidade do mal de Alzheimer, pois normaliza a tolerância à insulina, e há indícios de que a resistência das células cerebrais à insulina pode ser uma das causas do mal.

Para amamentar com mais facilidade
– Antes do nascimento e mesmo depois que começar a amamentar, lave a mama com uma bucha macia, sem esfregar, massageando. Isso ajuda a diminuir a sensibilidade local;

– Sempre que possível exponha os seios ao sol por 15min antes da 10h e após as 16h;

– Lembrar sempre que a “boa pega” do bebe diminui as chance de “empedrar” o leite pelo esvaziamento da mama e diminui o risco de fissuras dos mamilos;

– Passe uma gota do seu próprio leite no mamilo e espere secar após as mamadas e após o banho, isso ajuda a evitar as rachaduras;

– Deixar que o bebê solte a mama espontaneamente, não puxe;

– Lembre-se de manter seus mamilos secos.

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